Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) 12 de março de 2024 | 16:43
Criticado por aliados de esquerda e entidades de defesa de direitos humanos por orientar ministérios a ignorarem os 60 anos do golpe de 1964, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou atitude parecida há duas décadas, no quadragésimo aniversário da derrubada do presidente João Goulart pelos militares.
Em 2004, quando era presidente, como agora, Lula afirmou que considerava o episódio superado.
“Devemos olhar para 1964 como um episódio histórico encerrado. O povo brasileiro soube superar o autoritarismo e restabelecer a democracia”, afirmou o então porta-voz da Presidência, André Singer, na ocasião.
Segundo ele, o golpe era assunto para os livros. “Cabe agora aos historiadores fixar a justa memória dos acontecimentos”, acrescentou.
Como mostrou o Painel, Lula pediu que não haja eventos e manifestações alusivas a 1964 agora. O objetivo é evitar criar mais rusgas com os militares, no momento em que ainda há tensão por causa da participação de membros das Forças Armadas em supostos atos preparatórios para um golpe após sua vitória em 2022.
Em entrevista à Rede TV!, o presidente disse que era contra ficar “remoendo” esse tema.
Fábio Zanini, Folhapress
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