O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou aos representantes de 18 partidos políticos, nesta terça-feira, 31, no Palácio do Planalto, as prioridades do governo federal em relação a medidas econômicas que ainda precisam ser votadas na Câmara dos Deputados. Um dos destaques é o projeto de lei da subvenção, que muda a tributação de grandes empresas beneficiadas com incentivos fiscais nos Estados por meio do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). A expectativa é arrecadar R$ 70 bilhões com a medida. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, acredita que os deputados vão entregar ao governo a aprovação dessa e de outras medidas econômicas. “Uma saudação especial ao líder do Republicanos e do PP. São duas bancadas que integram definitivamente como base aliada”, comentou. Apesar disso, Padilha disse que a questão fiscal não foi a pauta principal do encontro com as lideranças. “Não foi discutido meta fiscal. Foi falado que antes de qualquer discussão de meta fiscal, o plano do déficit zero está calcado na aprovação de medidas de arrecadação e de Justiça tributária”, explicou. Essa foi a primeira reunião do chamado Conselho Político de Coalisão desde que PP e Republicanos se aproximaram do governo. Os dois partidos foram beneficiados com as nomeações de André Fufuca para o Ministério de Esportes, pelos progressistas, e de Silvio Costa Filho para o Ministério de Portos e Aeroportos, representando o Republicanos. A nomeação de Carlos Antônio Vieira para a presidência da Caixa Econômica Federal na semana passada também fortaleceu o laço entre o Centrão e o governo. O substituto de Rita Serrano foi indicado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Lula deve fazer uma reunião semelhante na próxima semana com lideranças do Senado.
*Com informações do repórter André Anelli.