O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visita, neste sábado (15/4), Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes, para se reunir com o presidente e Emir Xeique Mohammed bin Zayed Al Nahyan.
O Emir de Abu Dhabi deve oferecer um banquete a Lula nesta noite, seguido de uma reunião bilateral e outra ampliada, com a presença de empresários e investidores.
Esta será a segunda visita oficial do petista aos Emirados. A primeira agenda no país ocorreu em 2003, ainda durante o primeiro mandato de Lula. Os Emirados Árabes Unidos estão entre os três principais parceiros comerciais do Brasil no Oriente Médio.
Em 2022, o comércio entre os dois países alcançou a marca de US$ 5,7 bilhões. Foi registrado um aumento de 74% em relação a 2021, com superávit brasileiro de US$ 739 milhões, com grande destaque ao agronegócio, que responde por quase 60% da pauta de exportações brasileiras ao país.
COP 28 e investimentos no BrasilA 28ª Sessão da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima – COP 28, a ser realizada no país árabe, também deve ser abordada no encontro de Lula com o Emir de Abu Dhabi. O Brasil apresentou candidatura para sediar a COP 30, em 2025.
Nas últimas décadas, os Emirados Árabes têm investido em projetos voltados à energia renovável, com metas para aumentar o uso de energia limpa no país. Com as medidas, o governo árabe espera zerar as emissões líquidas até 2050.
Os Emirados Árabes Unidos são um dos maiores investidores do Oriente Médio no Brasil, com investimentos que acumulam US$ 10 bilhões nas áreas de infraestrutura, mineração, imobiliário, entretenimento e educação.
Pelo lado brasileiro, cerca de 30 empresas estão presentes no país árabe, como, por exemplo: Vale, Embraer, Tramontina, WEG, Marcopolo, Itaú, BRF, JBS, Odebrecht e Copacol.
Viagem à ChinaA visita aos Emirados ocorre após viagem do presidente Lula à China. O chefe do Executivo brasileiro se reuniu com o presidente chinês, Xi Jinping. No encontro, foram assinados 14 acordos bilaterais.
Entre os documentos assinados, consta um memorando para a criação de um grupo de trabalho focado na facilitação do comércio entre os ministérios das Relações Exteriores e da Indústria e Comércio dos dois países.
Há ainda tratados voltados para cooperação em ciência e tecnologia, informação e mídia, desenvolvimento social e combate à fome, finanças e agricultura