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Macron quer barrar o agro brasileiro, diz governador do MT

Mauro Mendes afirma que o presidente francês veio ao Brasil para “capturar” líder indígena para falar mal da Ferrogrão

Nadja Kouchi/TV Cultura – 29.abr.2024

PODER360 30.abr.2024 (terça-feira) – 0h29

O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil) disse nesta 2ª feira (29.abr.2024) que o presidente francês, Emmanuel Macron, “capturou” o cacique Raoni para falar contra a construção da Ferrogrão.

Mendes negou que o projeto da ferrovia atravessa reservas indígena e que esse “mito” estaria sendo contado por “especialistas jogando contra o Brasil e contra o agronegócio brasileiro” e acusou governos estrangeiros de financiar essas alegações.

“Com todo respeito ao presidente Macron, mas ele sai de uma reunião com um líder indígena que está a mais de 300 km de onde vai passar a Ferrogrão e no fim da reunião sai o cacique falando mal. Ficou muito na cara de que ele veio aqui com essa encomenda de capturar um líder indígena para falar mal da Ferrogrão”, disse em entrevista ao programa “Roda Viva“, da TV Cultura.

O governador disse que já falou com o líder indígena e que ele seria favorável à construção da ferrovia. Afirmou que existem tentativas de implementar instrumentos para “barrar” o agronegócio nacional e frear a competitividade internacional do segmento.

“Os franceses têm grande dificuldade em manter a sua agricultura, que é a base de subsídios, e é isso que está em jogo. Se aumenta a eficiência de um agro que já é muito competitivo no mundo inteiro, vai ser difícil americanos e principalmente os franceses e outros países na Europa, competir com o Brasil”.

Em visita oficial ao Brasil no final de março, Macron e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniram com comunidades indígenas. Lá, o líder indígena pediu que o chefe de Estado brasileiro não aprovasse a construção da ferrovia.

“Presidente Lula, me escuta. Eu subi com você na rampa e eu quero pedir que vocês não aprovem o projeto de construção de ferrovia Sinop, mais conhecida como Ferrogrão. Eu sempre defendi que não pode ter desmatamento, não consigo aceitar garimpo, então, presidente, eu quero pedir novamente para que você trabalhe para que não haja mais desmatamento”, declarou.

Ferrogrão No início de março, os ministérios dos Povos Indígenas e dos Transportes chegaram a uma definição sobre quantos povos indígenas devem ser consultados para a atualização dos estudos de implementação da Ferrogrão, estrada de ferro que pretende ligar as cidades de Sinop (MT) e Miritituba (PA), para escoamento de grãos em portos na região Norte.

Os órgãos acordaram que populações de 16 terras indígenas potencialmente impactadas pela ferrovia deverão ser consultadas, respeitando as especificidades, particularidades e diversidade dos protocolos de consulta de cada povo.

Ao Poder360, o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, disse que a definição é um marco para o avanço do projeto. Com o número firme de povos que precisam ser consultados, é possível realizar um cronograma de audiências que não deve ser travado com novas demandas por parte dos povos afetados.

A licença prévia é o documento que determina que é possível um empreendimento ter licenciamento ambiental. Esse é o 1º passo para se realizar um estudo definitivo da ferrovia e avaliar a rentabilidade da obra.

Em 12 de abril, o Ministério prorrogou o prazo do grupo de trabalho que estuda a viabilidade do projeto, ainda sem chegar a qualquer entendimento.

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