InícioEditorialEconomiaMãe destemida de filhos e de empreendimentos: como conciliar maternidade e negócios?

Mãe destemida de filhos e de empreendimentos: como conciliar maternidade e negócios?

A empresária falou sobre sua trajetória como mãe e dona de um instituto de beleza, no programa ao vivo

Durante muito tempo em sua vida, Luciene dos Santos se culpou por não dedicar tanto tempo quanto gostaria na criação dos filhos Priscila e Gabriel. Trabalhado no setor de recursos humanos de empresas, o tempo para dedicar aos filhos era curto. Apesar disso, todo o tempo livre era dedicado a compensar, com qualidade, a ausência.

Em 2014, ela decidiu que estava na hora de investir num sonho antigo e assumiu o negócio como depiladora numa loja, localizada na área do Comércio. “Tive que me virar para divulgar o novo negócio, uma vez que a antiga proprietária do espaço não havia deixado as clientes. Então ia para rua com papel e caneta na mão e começava a marcar horário para aquelas mulheres que trabalhavam na área e usavam o horário do almoço para comer e resolver suas necessidades”.

Luciene começou a empreender por vocação e inspirada no amor que devota aos filhos. Hoje, ela ensina outras mães a seguir com os negócios (Foto: Reprodução/Instagram)

A história da empreendedora, mãe e proprietária do Instituto Luciene Santos(@institutolucienesantos) foi o tema do programa ao vivo Empregos e Soluções dessa quarta-feira, na página do Jornal Correio, no Instagram. Durante a conversa com a consultora Flávia Paixão, Luciene revelou que foi justamente o amor pelos filhos que mostrou a ela que o empreendedorismo seria a solução para unir suas aspirações pessoais e profissionais. “Como instrutora, atendo a muitas mulheres que são mães e acham que empreender vai tomar muito do tempo, mostro que não. Na verdade, ofereço o suporte que gostaria de ter recebido quando comecei, ensinando a precificar e a manter o relacionamento com os clientes”, esclareceu.

Amor e família

Na verdade, o amor à família e aos negócios sempre andaram juntos e isso permitiu, inclusive, que Luciene ignorasse os ‘conselhos’ que recebeu sobre voltar ao mercado formal de trabalho. “Muitas pessoas me diziam, mas isso é só perrengue, volte a trabalhar com a carteira assinada. É claro que empreender não é fácil, mas não tenho perfil para aceitar que me digam quanto devo ganhar ou trocar minha liberdade por segurança apenas”, contou.

Luciene fez questão de lembrar que empreender foi a forma encontrada de ajudar em casa e ter uma renda extra ao longo da vida. Sem esconder o passado difícil, a empresária fez questão de recordar que é a mais velha de seis irmãos e que, desde muito cedo, precisou trabalhar dentro e fora de casa, fosse cuidando dos irmãos ou vendendo produtos de beleza, calcinhas, bolos e tudo aquilo que surgisse.

“Moramos em palafitas, em cima da maré e, no bairro, havia um medo muito grande da criminalidade. Meus pais lutavam com dificuldade, mas fizeram questão que os filhos estudassem e trabalhassem”, rememorou, salientando que, na época, não havia os cuidados que existem hoje na preservação da infância mais lúdica. “Desde dessa época, aprendi que precisava ser resiliente todos os dias e que nada chegaria de mãos beijadas”, afirmou.

Apesar das inúmeras batalhas, a empreendedora que também é mãe afirmou que sempre quis que os filhos tivessem tudo aquilo que ela não conseguiu ter na infância. “Nunca tive nada só meu. O tênis (kichute) que era usado por mim, de manhã, também servia para minha irmã à tarde. Durante, muito tempo, Priscila pode gozar de coisas que eram só dela. Mesmo enquanto trabalhava em regime de CLT, mantinha alguém que pudesse cuidar dos meus filhos para que nada faltasse”, disse.

Futuro melhor

Luciene contou que enquanto empreendia, precisou aprender muitas outras coisas, fosse sobre gestão e sobre terapias auxiliares ao seu serviço, a exemplo de aromaterapia e hipnose. “Dessa forma, consigo promover o relaxamento dos clientes na hora da depilação e da epilação,reduzindo as dores e o desconforto”, explicou, ressaltando que existe uma diferença entre os dois processos e que a depilação é toda retirada de pelo acima da pele enquanto a epilação exige a retirada do bulbo capilar.

O investimento em outras técnicas deu a empresária a fama de ‘mãos de fada’ na hora de depilar, fazendo a alegria dos clientes e dos parceiros e parceiras que gostam do trabalho caprichoso.

A qualidade nos serviços, inclusive, garantiram a depiladora sobreviver nos primeiros meses da pandemia. “Na época, as clientes mais próximas, mantiveram o pagamento das sessões, mesmo que elas não acontecessem. O acertado era que quando o comércio voltasse, elas teriam a depilação paga, mas no retorno, não quiseram aceitar e assim consegui atravessar esse período mais duro”, contou.

Para o futuro, Luciene quer reorganizar o espaço que funciona no 2 de Julho e voltar a contar com uma equipe de profissionais competentes para auxiliá-la no trabalho como depiladora e formadora de outras profissionais.

Para saber mais sobre essa e outras histórias inspiradoras de empreendedorismo, não perca o programa ao vivo Empregos e Soluções, que é apresentado todas as quartas-feiras, às 18 horas, na página do jornal Correio, no Instagram. Para quem não pode acompanhar, é bom lembrar que os programas ficam gravados, facilitando o acesso em momento oportuno. 
    

 

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