A Procuradoria-Geral da Republica (PGR) pediu o confisco de bens dos envolvidos no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes para “assegurar a reparação de danos aos familiares”, correpondente ao valor de R$ 3 milhões por vítima.
O pedido de indenização também inclui Fernanda Chaves, ex-assessora de Marielle, que estava no veículo da parlamentar no dia do atentado, em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro. No total, os suspeitos terão de desembolsar R$ 9 milhões para cada uma das vítimas ou familiares.
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Marielle foi morta em março de 2018 Reprodução
Marielle Rivaldo Barbosa e familiares de Marielle em reunião
Rivaldo Barbosa com os pais de Marielle, e Freixo Tânia Rêgo/Agência Brasil
Rivaldo Barbosa e familiares de Marielle em reunião
Delegado prometia solucionar o assassinato de Marielle e de Anderson Gomes Tânia Rêgo/Agência Brasil
ARQUIVO Marielle – O chefe de Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, em entrevista sobre o assassinato de Marielle Franco. Ao lado, o deputado Marcelo Freixo, de quem a vereadora foi assessora parlamentar
Ao saber do assassinato de Marielle, Freixo acionou o então chefe de polícia, Rivaldo Barbosa Tomaz Silva/Agência Brasil
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Chegada de presos ao DF Breno Esaki/Metrópoles
De acordo com o parecer da PGR, enviado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a medida deve ser aplicada a Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE); ao irmão dele, o deputado federal Chiquinho Brazão; aos delegados Rivaldo Barbosa de Araújo Júnior e Giniton Lages; ao comissário de Polícia Civil Marco Antonio de Barros Pinto (Marquinho DH); e à advogada Erika Andrade de Almeida Araújo, mulher de Rivaldo.
Os investigados
No relatório entregue à Justiça pela Polícia Federal, os irmãos Brazão são apontados como mandantes do duplo homicídio e da tentativa de assassinato. Rivaldo Barbosa, à época chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, seria quem planejou a execução do crime, além de garantir a proteção dos supostos mandantes com a não elucidação do caso.
Giniton Lages, nomeado por Rivaldo para chefiar a investigação do assassinato, teria desviado o curso das apurações para proteger os investigados. Marco Antonio de Barros, conhecido como Marquinho DH, era subordinado de Lages. Ele também aparece como acusado de obstruir a apuração do caso.
A advogada e mulher de Rivaldo, Erika Andrade, é suspeita de ter lavado dinheiro para o marido, sobretudo de recursos ligados à investigação.
“Embora Erika não seja investigada por atuar no homicídio ou na obstrução das investigações, seu patrimônio também deve ser atingido, considerando os robustos elementos de confusão patrimonial entre ela e Rivaldo Barbosa”, diz a PGR no parecer.