A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira, 9, que a pasta e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos) analisam com “isenção e responsabilidade” o novo pedido da Petrobras para exploração de petróleo e gás na foz do rio Amazonas. Até o momento, de acordo com a ministra, já foram dadas mais de 2 mil licenças para a estatal. Marina ainda disse que todas as decisões são técnicas, e não ideológicas. “É injusto quando as pessoas dizem que o Ibama tem uma posição política ou ideológica. A pergunta que se faz é: as duas mil licenças que foram dadas eram técnicas ou ideológicas? É claro que foram técnicas. E se são técnicas para dar a licença, quando se nega também é por razão técnica”, comentou em entrevista ao programa “Bom dia, ministro”, do CanalGov. “Os estudos estão sendo reanalisados e vamos nos pronunciar com toda isenção e senso de responsabilidade que o caso merece”, acrescentou.
A decisão não é apenas do Ibama. Segundo Marina, o Conselho Nacional de Política Energética também precisa dar sinal positivo. Ela, inclusive, demonstrou estar confiante quanto à posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “O presidente tem dito que quer que se respeite a ciência e busque as oportunidades que o Brasil tem”, frisou. Uma empresa privada apresentou um pedido de licenciamento há cinco anos. Contudo, o Ibama negou. Neste ano, a Petrobras entrou com uma solicitação, que foi analisada e também indeferida em maio. “Trata-se de exploração de petróleo na margem equatorial, na foz do Amazonas, um lugar muito sensível e que precisa de todo cuidado. O Ibama negou e, como acontece sempre, a Petrobras reapresentou o pedido ao Ibama, que vai analisar com toda isenção e dar seu veredito”, completou Marina.
*Com informações do repórter Misael Mainetti.