A Microsoft Corp. ofereceu a Sony Interactive Entertainment (SIE) um acordo que permitiria que a franquia Call of Duty permanecesse no PlayStation por uma década. A dona do Xbox disse ao The New York Times (NYT) que havia oferecido um contrato de de anos à Sony em 11 de novembro. A Sony se recusou a comentar o assunto.
O futuro da série Call of Duty como um produto multiplataforma é uma das principais áreas sendo examinadas pelos reguladores mundiais que analisam a proposta de aquisição da Activision Blizzard por US$ 68,7 bilhões.
Dos 16 governos que revisam o acordo, apenas a Arábia Saudita e o Brasil o aprovaram até agora, embora a Microsoft tenha dito que espera que a Sérvia aprove muito em breve. Em setembro, o CEO do Xbox, Phil Spencer, disse que a Microsoft se comprometeu a disponibilizar Call of Duty no PlayStation por “mais alguns anos” após o término do contrato atual da Sony com a Activision, que acabará no lançamento de um novo jogo da desenvolvedora de Black Ops, Treyarch, em 2024.
No entanto, o Presidente e CEO do PlayStation, Jim Ryan, que supostamente está buscando acesso a futuros jogos Call of Duty em termos iguais e perpétuos, respondeu publicamente chamando a proposta da Microsoft de manter a série nos consoles PlayStation de “inadequada em muitos níveis”.
Desde então, os reguladores do Reino Unido e da Europa expandiram suas investigações iniciais sobre o acordo em investigações aprofundadas, e a Microsoft disse que está disposta a fazer concessões sobre o futuro da série Call of Duty.
Na semana passada, Spencer disse que estava aberto a assumir um compromisso com a Sony e os reguladores de que Call of Duty permaneceria no PlayStation por mais tempo do que o acordo anterior oferecia (antes dete novo acordo de 10 anos, a Microsoft havia oferecido um de 3 anos).
Aparentemente referindo-se a nova oferta de 10 anos, o CEO de jogos da Microsoft disse ao podcast The Verge’s Decoder:
“Queremos firmar um compromisso de longo prazo com o qual a Sony se sinta confortável, [com o qual] os reguladores se sintam confortáveis, não tenho nenhum problema com isso.”
Anunciando sua decisão de investigar a aquisição em mais detalhes em setembro, a Autoridade de Mercados e Concorrência do Reino Unido (CMA) disse que “considera que Call of Duty é suficientemente importante para uma empresa perder o acesso a ele” (ou perder o acesso em termos competitivos), e que tal perda “pode impactar significativamente os negócios da Sony receitas e base dos seus usuários.”
Respondendo à decisão da CMA, a Microsoft chamou as preocupações da reguladora de “parciais” e “despropositadas”, e alegou que tais preocupações apenas “adotam e doutrinam as reclamações da Sony, não estando no nível apropriado de revisão crítica”.
E agora, a Microsoft acusou a Sony de enganar os reguladores, dizendo ao New York Times que a dona do PlayStation “exagerou a importância de Call of Duty para sua viabilidade”.
Em um comunicado recente, o CEO do PlayStation, Ryan, disse ao New York Times que “não era verdade” que sua empresa havia enganado os reguladores. O Presidente do PlayStation disse:
“A Microsoft é uma gigante da tecnologia com uma longa história de domínio das indústrias” e “é muito provável que as opções que os jogadores têm hoje desapareçam caso esse acordo [aquisição da Activision Blizzard] vá adiante”, ele afirmou.