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Militares: por que você deveria amar homens de farda

No final de outubro, Lula disse em um café da manhã com jornalistas que não haveria decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) enquanto fosse presidente. Uma semana depois, Lula decretou GLO para que militares atuassem nos portos de Santos, Rio de Janeiro e Itaguaí e nos aeroportos de Guarulhos e Galeão.

Além desses parques de diversão de traficantes de drogas e armas, 2 mil quilômetros de fronteiras, a peneira por onde entra tudo o que é porcaria, passaram a ser mais vigiados por militares.

Na ocasião, escrevi que o presidente e o seu então ministro da Justiça, o hoje togado Flávio Dino, haviam corrido para beijar a cruz das Forças Armadas, porque não tinham plano nenhum para enfrentar o caos na segurança pública brasileira e precisavam fazer alguma coisa.

Passados cincos meses, a GLO é considerada um sucesso — se não absoluto, relativo. Como não se tinha nada contra o crime organizado, agora se tem alguma coisa, e ela não é pouca. Quase 100 mil toneladas de drogas foram apreendidas desde então, com respectivas prisões e confisco de patrimônio de malandros.

O governo está tão satisfeito que, segundo Vinícius Valfré, estuda ampliar a GLO por mais 6 meses. Ou seja, até novembro.

Ainda há a questão bizantina de que a segurança pública é assunto para ser tratado por civis, não por militares. É bizantina porque, diante do quadro de descontrole geral, com um país dominado por facções criminosas e milícias, a segurança pública será uma emergência contínua até o final do século, pelo menos — e, assim, é assunto a ser enfrentado pelo conjunto das corporações, com farda ou sem farda.

Encare-se o crime organizado no Brasil como o terrorismo é encarado na Europa. Em diversos países europeus, os pontos quentes são patrulhados ostensivamente por militares, sem que ninguém discuta se essa seria uma atribuição exclusiva da polícia. Nas nossas latitudes, a grande ameaça à segurança nacional é a bandidagem, não a Argentina, o Paraguai ou mesmo a Venezuela. Aliás, estamos exportando crime para os nossos vizinhos. Na Guiana Francesa, por exemplo, o número de assassinatos perpetrados por integrantes de facções brasileiras aumentou exponencialmente nos últimos três anos.

Os críticos das GLOs usam como argumento os resultados duvidosos que as Forças Armadas obtiveram em 2010, 2015 e 2018, quando foram chamadas a enfrentar a criminalidade em favelas cariocas. 

Lembro-me de que, na época, até os militares tinham reticências. Fora dos microfones, um general dizia que o Exército não era treinado para subir morro, mas para descer morro, atirando em qualquer alvo que representasse uma ameaça.

De lá para cá, no entanto, houve aprendizado, e não se está falando mais em ocupação de território, caso do Rio de Janeiro. Os esforços estão concentrados no patrulhamento de entradas e saídas de drogas e armas. A presença das Forças Armadas deveria ser constante nesses locais. Os nossos terroristas são os traficantes e toda a escumalha que lhes dá apoio. Você deveria amar homens de farda.

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