Jornalista, professora e ativista pelos direitos humanos, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, foi eleita uma das 12 mulheres do ano pela Revista Time. Anielle fez história na luta pela busca de justiça pelo assassinato da irmã, a vereadora Marielle Franco.
No perfil de Anielle na revista, a ministra diz que nunca imaginava ter o protagonismo que tem hoje, uma vez que ela via Marielle como uma liderança. Enquanto fazia uma viagem de carro com o motorista Anderson Gomes, a vereadora foi assassinada a tiros. Anderson também foi vítima dos disparos.
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Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Anielle Franco – Ministra da Igualdade Racial. Anielle é irmã da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018. A nova ministra também é ativista por meio da Coalizão Negra por Direitos Rafaela Felicciano/Metrópoles
Anielle Franco e Mano Brown
Anielle Franco e Mano BrownJef Delgado/Spotify
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Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, em São SebastiãoFábio Vieira/Metrópoles
Anielle Franco e Marcelo Freixo
Renato Vaz/Embratur
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Anielle FrancoMayara Donaria / Divulgação
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Anielle Franco dirige instituto que leva o nome da irmãDivulgação
Anielle Franco e Marielle Franco
Marielle e a irmã, Anielle Franco
Para a eleição, a revista destaca que todas as situações que envolveram a vida de Anielle fizeram dela uma líder “improvável” pelo direitos das pessoas no Brasil.
“Jogadora de vôlei competitiva e professora de inglês, ela se dedicou ao ativismo em tempo integral, lançando uma organização sem fins lucrativos em nome de sua irmã, em um momento em que o presidente de extrema direita Jair Bolsonaro, eleito no final de 2018, estava martelando a agenda dos direitos humanos no Brasil. Sua trágica história familiar, personalidade calorosa e uso hábil das mídias sociais transformaram a outrora reservada Franco em uma líder improvável no movimento pelos direitos dos negros no Brasil”, diz trecho do perfil.
Questionada pela Time sobre expectativas para o futuro, a ministra disse que tem fé que o movimento negro seja protagonista por conquistas e não só por suas mortes. “Espero que os negros assumam o lugar de protagonistas em nossa sociedade, e não apenas na primeira página dos jornais como vítimas de um genocídio”, disse.
Integrante do governo Lula desde o Gabinete de Transição, Anielle tomou posse como ministra no dia 11 de janeiro. A cerimônia de posse dela e da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, foi inviabilizada por conta do ato terrorista de 8 de janeiro, onde bolsonaristas destruíram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes.
Veja as outras 11 mulheres eleitas pela Time como personalidades do ano:
Ayisha SiddiqaAngela BassettRamla AliPhoebe BridgersOlena ShevchenkoMasih AlinejadVerónica Cruz SánchezMegan RapinoeQuinta BrunsonMakiko Ono