A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, defendeu, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, que mulheres não podem ser forçadas a irem para abrigos exclusivos.
A líder da pasta se reuniu com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), neste domingo (12/5), momento no qual também discutiu a elaboração de um protocolo para situações de calamidade pública. O documento norteador, disse a ministra, terá como referência protocolos da Organização das Nações Unidas (ONU).
Cida foi até o Rio Grande do Sul após denúncias de abusos e outras violências contra mulheres, principalmente nos abrigos. Ao menos seis pessoas já foram presas por suspeita de estupro desde que pessoas foram deslocadas para abrigos.
A condição de vulnerabilidade da mulher em um momento de calamidade foi frisada pela ministra. Cida afirmou que o Ministério das Mulheres trabalha num protocolo, que está sendo elaborado em conjunto com a sociedade civil, para atenção diferenciada às mulheres em momentos de crise climática.
“Sabemos que as mulheres e as meninas sofrem desproporcionalmente as violências e violações em períodos de crise climática”, frisou Cida Gonçalves.
A viagem da ministra foi realizada junto com uma comitiva. O grupo também promoveu uma reunião com 20 representantes de órgãos públicos e movimentos sociais capital gaúcha.
O governador reconheceu a importância de as mulheres terem atenção especial em um momento de crise visando a segurança delas.
Absorventes Cida Gonçalves também gravou um vídeo pedindo doações para o Rio Grande do Sul. A ministra deu atenção especial a objetos de uso feminino. “Estamos solicitando que você doe, neste momento, os itens de primeira necessidade, principalmente para as mulheres absorventes, roupas íntimas, calcinhas, sutiãs, fraldas, mamadeiras, lenços umedecidos, itens de higiene pessoal”, listou.