O senador Sergio Moro (União-PR) acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de ser antissemita após o petista voltar a classificar a ação militar de Israel contra a Faixa de Gaza como “genocídio”, nesta sexta-feira (22/2).
“Nenhuma palavra sobre os reféns de Israel, nem sobre a invasão da Ucrânia, nem sobre a ditadura venezuelana. Antissemitismo explícito. Quem quiser que acredite no ‘democrata’”, escreveu Moro sobre Lula nas redes sociais.
O presidente Lula participou do lançamento da Seleção Petrobras Cultural – Novos Eixos, no Rio de Janeiro, nesta sexta, e voltou a condenar os ataques que vitimam civis em Gaza. O chefe do Executivo federal defendeu a criação de um Estado Palestino e condenou os ataques de Israel.
“Quero dizer para vocês que sou favorável à criação do estado palestino livre e soberano. Que possa esse estado palestino viver em harmonia com Israel. O que o governo de Israel está fazendo não é guerra, é genocídio porque está matando mulheres e crianças”, defendeu o petista.
Confira a declaração do presidente:
Lula volta a acusar Israel de genocídio, mas não cita Holocausto.
“Não tentem interpretar a entrevista que eu dei na Etiópia. Leiam a entrevista ao invés de ficar me julgando pelo que disse o primeiro-ministro de Israel”, afirmou o Presidente do Brasil.
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— Metrópoles (@Metropoles) February 23, 2024
Lula x Israel No último domingo (18/2), em viagem à Etiópia, o presidente comparou os ataques de Israel contra Gaza à morte de milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial, o Holocausto. A declaração não repercutiu bem entre autoridades israelenses e Lula foi considerado como “persona non grata” em Israel.
Nesta sexta, Lula se defendeu das críticas que vem sofrendo. “Não tentem interpretar a entrevista que eu dei na Etiópia. Leia a entrevista ao invés de ficar julgando pelo que disse o primeiro-ministro de Israel. O que está acontecendo em Israel é genocídio. E não está morrendo soldado, estão morrendo mulheres e crianças dentro do hospital. Se isso não é genocídio, eu não sei o que é genocídio”, reafirmou o presidente, no evento no Rio.