Eliseu Padilha (MDB) faleceu na noite desta segunda-feira (13/3), aos 77 anos. Ele estava no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre (RS). O político gaúcho foi ministro dos governos Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB). Ele deixa a esposa, Simone Camargo, e seis filhos, além de netos.
Informações iniciais dão conta de que o velório será realizado na quarta-feira (15/3), no Palácio Piratini, sede do governo do Rio Grande do Sul.
Ele passava por tratamento de um câncer descoberto há um mês, conforme anunciou a família em nota divulgada na semana passada. Até precisar ser internado, Eliseu Padilha atuava como vice-presidente de Relações Institucionais da Fundação Ulysses Guimarães, instituição do MDB.
Eliseu é natural de Canela (RS) e foi prefeito de Tramandaí (1989 a 1993), deputado federal em quatro mandatos, sendo reconhecido pelo seu trânsito no Congresso Nacional e análises sobre votações no legislativo. Na gestão FHC, foi ministro dos Transportes (1997-2001), enquanto na gestão de Dilma Rousseff foi ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil (2015). No governo Temer, foi alçado a ministro chefe da Casa-Civil. Também durante o governo de Temer, Padilha foi ministro interino na pasta do Trabalho, em um curto período do mês de julho de 2018.
“Recebo com pesar a notícia da morte de Eliseu Padilha, líder habilidoso e dedicado ao RS e ao Brasil, que serviu como ministro de três presidentes da República. Meus pensamentos e solidariedade vão para sua família e amigos neste momento de tristeza”, comentou Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul.
Eliseu Padilha
José Cruz/ Agência Brasil
Eliseu Padilha
Eliseu PadilhaRafaela Felicciano/Metrópoles
eliseu-padilha-840×577
Rafaela Felicciano/Metrópoles
temer-eliseu-padilha-Wilson-Dias-Agencia-Brasil-e1507142827309
Wilson Dias/Agência Brasil
José Sarney Michel Temer Eliseu Padilha
Rafaela Felicciano/Metrópoles
eliseu padilha
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Em 2017, foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) como integrante do chamado “Quadrilhão do MDB” suposta organização criminosa liderada pelo ex-presidente Michel Temer. Padilha foi absolvido em primeira instância em maio de 2021, em decisão da 12ª Vara Federal do Distrito Federal, confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) no início deste mês.
Problemas de saúdeEliseu Padilha foi internado no último sábado (11/3), em estado grave, após piora no quadro de câncer. Mas o ex-ministro já passou por outros problemas de saúde. Em fevereiro de 2017, foi submetido a uma cirurgia para corrigir um problema de obstrução urinária, provocada por uma hiperplasia prostática benigna, condição caracterizada pelo aumento da próstata.
Pouco mais de um ano depois, em janeiro de 2019, Padilha precisou passar por um autotransplante de medula no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. O procedimento ocorreu para erradicar um mieloma múltiplo, sendo necessárias várias sessões de quimioterapia.
Cinco meses depois, em julho, o emedebista sofreu hemorragia cerebral superficial. Na ocasião, ele ficou internado no Hospital Moinhos de Vento, o mesmo no qual faleceu nesta segunda.