O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que está em Mossoró, no Rio Grande do Norte, para acompanhar a caçada pelos dois presos que fugiram do presídio federal, disse que ainda não é possível falar em conivência dentro da unidade prisional.
“Enquanto as investigações não terminarem, seja no âmbito administrativo como policial, não podemos afirmar que houve conivência. Mas todas as hipóteses estão sendo investigadas.”, destacou o ministro.
Mais cedo, neste domingo (18/2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou à imprensa em Addis Ababa, capital da Etiópia, sobre a possível conivência de pessoas de dentro da Penitenciária Federal de Mossoró na fuga dos dois detentos.
“Teoricamente parece que teve a conivência com alguém do sistema lá dentro”, declarou o petista. “Como não posso acusar ninguém, eu sou obrigado a acreditar que uma investigação que está sendo feita pela polícia local, pela Polícia Federal [PF] nos indica amanhã ou depois de amanhã o que aconteceu no presídio de Mossoró”, completou.
Buscas pelos fugitivos da penitenciária de Mossoró
Reprodução
foto-buraco-mossoró-1
Igo Estrela/Metrópoles
foto-buraco-na-parede-em-Mossoró
Os fugitivos estavam em celas individuais, mas vizinhas, o quê permitiu que fugissem pelo menos buraco na parede Reprodução
Camisa de um dos procurados pela polícia após fugir do presídio federal de Mossoró
Camisa de um dos procurados pela polícia após fugir do presídio federal de Mossoró Divulgação
presidiomossoro
Reprodução/Depen
Fuga em Mossoró Os presos Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, conseguiram fugir da Penitenciária Federal de Mossoró na madrugada da última quarta-feira (14/2). De acordo com o Ministério da Justiça, eles teriam utilizado ferramentas das obras da unidade prisional para escapar do local.
O ministro da Justiça desembarcou na cidade potiguar no início da manhã deste domingo (18/2) para acompanhar as investigações do caso. Foi a primeira vez que um presídio federal registra fuga de detentos.
“O episódio ocorreu a partir de uma conjunção de fatores. É um episódio menor dentro da história das unidades prisionais federais, mas garantimos que o Estado brasileiro está presente neste momento e em busca de solucionar essa questão o mais breve possível”, frisou o titular do Ministério da Justiça.
A caçada pelos fugitivos conta com agentes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e das forças de segurança do estado. Ainda foram empregados três helicópteros e drones na recaptura dos detentos.
“Nossa prioridade é encontrar o mais rapidamente possível esses bandidos e devolvê-los aos presídios. Desde o início, a Polícia Federal está empenhada nessa ação. Nós estamos empregando todos os meios materiais e investigativos, que estão à disposição do Ministério da Justiça e Segurança Pública”, ressaltou o diretor-geral em exercício da PF, Gustavo Souza.