O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) comentou, nesta segunda-feira (13/6), o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. Para o vice de Bolsonaro, os dois entraram numa área inóspita e extremamente perigosa.
O indigenista e o jornalista inglês desapareceram no último dia 5.
Para Mourão, Bruno e Dom erraram em não ter pedido escolta das autoridades.
“É um caso de polícia, né? É uma região inóspita, afastada de tudo, na fronteira com o Peru. Do lado peruano, uma série de ilegalidades acontece […] do nosso lado, também. As duas pessoas entraram em uma área que é perigosa, sem pedir uma escolta, sem avisar efetivamente as autoridades competentes e, passam a correr risco, né. Lamentavelmente, é isso aí”, disse.
Mourão ainda disse que vai torcer para que eles “estejam com vida ou estejam simplesmente aprisionados”.
“Sei lá o que for. Espero que tenham conseguido se evadir das pessoas que estavam tentando fazer algum dano a eles e estão vagando por dentro da selva”, afirmou.
Esposa diz que corpos foram encontrados
A esposa do jornalista Dom Phillips afirmou, nesta segunda-feira (13/6), que a Polícia Federal (PF) encontrou os corpos do jornalista e do indigenista Bruno Pereira.
As autoridades ainda não confirmaram a informação. Revelação é do jornalista André Trigueiro, da GloboNews.
Ontem, a PF disse que foram encontrados, um cartão de saúde com nome de Bruno e outros itens dele e de Dom Phillips.
Durante a tarde, os bombeiros informaram ter encontrado uma mochila, um notebook e um par de sandálias na área onde são feitas as buscas pelo jornalista inglês e pelo indigenista no interior do Amazonas.
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PF nega
O Comitê de crise coordenado pela Polícia Federal do Amazonas informou que “não procedem” as informações sobre a localização dos corpos do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira.
“Conforme já divulgado, foram encontrados materiais biológicos que estão sendo periciados e os pertences pessoais dos desaparecidos. Tão logo haja o encontro, a família e os veículos de comunicação serão imediatamente informados”, informou a PF em nota.
Com a palavra, Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que os “indícios levam a crer que fizeram alguma maldade” com o jornalista e com o indigenista.
“Pelo prazo, pelo tempo, já temos hoje oito dias, indo para o nono dia que isso tudo aconteceu, vai ser muito difícil encontrá-los com vida. Eu peço a Deus que isso aconteça, que os encontremos com vida, mas os informes, os indícios levam para o contrário no momento”, disse o presidente em entrevista à rádio CBN de Recife (PE).