Parece que, além da resistência do governo em relação ao nome de Elmar Nascimento (União Brasil-BA) para a presidência da Câmara dos Deputados, o líder do Centrão enfrentará oposição dentro do próprio partido.
Parte do União Brasil, especialmente a bancada do Paraná, nega apoio e voto a Elmar Nascimento. Esses deputados integram a “oposição” à liderança de Elmar na Câmara e já anunciaram a interlocutores que votarão em Marcos Pereira na sucessão de Arthur Lira (PP-AL).
Aliados de Elmar afirmam que, sem unidade no próprio União Brasil, a candidatura dele já nasce morta. A ideia é contar com o apoio de todo o partido, além do PP de Lira e do PL de Jair Bolsonaro.
Os movimentos recentes de Lira, ao colocar em tramitação temas de costumes, visam justamente aglutinar o apoio da extrema-direita ao seu candidato à presidência da Câmara. Lira, no entanto, precisará vencer a resistência de caciques do PT para construir uma candidatura “única”, como foi a sua em fevereiro de 2023.
Outro fator em jogo é que Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) é o favorito para a presidência do Senado. Não é do desejo de Lula (PT), nem de ninguém no governo, que o infiel União Brasil tenha tanto poder, comandando as duas casas do Congresso Nacional.