Perícia da PF encontrou material em boné deixado na Câmara; o acusado foi preso em flagrante em frente ao QG do Exército
Com a nova evidência, homem de 43 anos agora é acusado de mais 5 crimes; na imagem, extremistas invadem o Congresso Nacional em 8 de janeiro de 2023 Sérgio Lima/Poder360 – 8.jan.2023
PODER360 8.abr.2024 (segunda-feira) – 22h38
O MPF (Ministério Público Federal) pediu o aumento da pena de Jony Figueiredo da Silva, de 43 anos, um dos investigados pelos atos extremistas de 8 de Janeiro, depois que a perícia encontrou o DNA do homem em um boné deixado dentro do Congresso Nacional. O material prova, segundo o MPF, que ele estava no momento de depredação do prédio. Eis a íntegra (PDF – 123 kB).
Em um 1º momento, Jony Figueiredo da Silva foi denunciado por incitação ao crime, associação criminosa e preso em flagrante no acampamento em frente ao QG (Quartel-General do Exército) em 9 de janeiro. Com a nova evidência, ele é agora acusado de mais 5 crimes:
Eis a lista dos crimes incluídos na denúncia:
associação criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima; e deterioração de patrimônio tombado. Depois dos ataques, agentes do Instituto de Criminalística da PF (Polícia Federal) recolheram evidências no plenário da Câmara dos Deputados, onde encontraram um boné amarelo que tinha vestígios genéticos do acusado.
Segundo o MPF, Jony Figueiredo da Silva esteve “efetivamente no Congresso Nacional, participando ativamente e concorrendo com os demais agentes para a destruição dos móveis que ali se encontravam”.
O caso começou a ser analisado em 5 de abril em plenário virtual pela Corte e pode durar até 12 de abril. O ministro-relator, Alexandre de Moraes, votou a favor de receber o aditamento da denúncia. Eis a íntegra do voto (PDF – 263 kB).
O Poder360 procurou a defesa de Jony Figueiredo, realizada pela DPU (Defesa Pública da União), para se manifestar sobre as novas acusações, mas não obteve reposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.