Somente Alagoas, Ceará, Pernambuco e Amapá têm equidade de gênero nos cargos de primeiro escalão nas novas gestões
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Governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, foi uma uma das duas mulheres eleitas para comandar um Estado no Brasil; ela nomeou 50% de secretários homens e 50% de mulheres
Os novos governos dos 26 Estados e do Distrito Federal terão, em média, 28% dos cargos de primeiro escalão ocupados por mulheres. O dado faz parte de um levantamento realizado pelo jornal Folha de São Paulo, que aponta que a igualdade entre homens e mulheres na estrutura dos secretariados estaduais ainda é uma realidade distante na maioria dos governos. Alagoas, Ceará, Pernambuco e Amapá são os únicos Estados com equivalência no número de homens e mulheres em cargos de primeiro escalão. Apenas 11 Estados tem a participação feminina acima de 30% nesses cargos. São eles os Estados do Nordeste, com exceção da Paraíba, Amapá, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Ainda de acordo com o levantamento, o crescimento da participação feminina ainda é pequeno, em comparação a gestões anteriores, já que ainda são poucas as mulheres ocupando pastas que são tradicionalmente comandadas por homens. Na Segurança Pública, por exemplo, há apenas uma secretária mulher, em Pernambuco. O cenário é bem semelhante em pastas que cuidam da gestão de presídios. No comando das secretarias estaduais da Fazenda ou Economia são apenas três mulheres em todo o Brasil. Por outro lado, as mulheres são maioria em pastas ligadas à questão social. Os dois únicos Estados que elegeram mulheres para o cargo de governadoras em 2022 foram Pernambuco, agora sob o comando de Raquel Lyra (PSDB), e Rio Grande do Norte, com Fátima Bezerra (PT).
*Com informações da repórter Soraya Lauand