InícioEditorialPolítica NacionalMusk citou Moraes e Brasil 32 vezes em uma semana

Musk citou Moraes e Brasil 32 vezes em uma semana

Elon Musk, dono do X, foi incluido no inquérito das milícias digitais, que investiga grupos por condutas contra a democracia WikimediaCommons

Bárbara Pinheiro 15.abr.2024 (segunda-feira) – 7h30

O dono do X (ex-Twitter), empresário Elon Musk, fez 32 publicações sobre o Brasil de 6 de abril até às 17h deste sábado (13.abr). Neste período, o bilionário chamou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes de “ditador” por praticar o que chama de “censura agressiva“, pediu a sua renúncia ou o impeachment e ameaçou fechar a rede social no Brasil.  

Moraes determinou no domingo (7.abr) a inclusão de Musk como investigado no inquérito das milícias digitais, protocolado em julho de 2021, que investiga grupos por condutas contra a democracia. Também abriu um novo inquérito para apurar a conduta do dono da plataforma. O ministro quer que se investigue o crime de obstrução à Justiça.

Leia em ordem cronológica as publicações de Musk:

Sábado (6.abr) perguntou por que Moraes “exige tanta censura no Brasil”:

recompartilhou uma nota do X afirmando que a plataforma foi “forçada por decisões judiciais a bloquear determinadas contas” e perguntou por que o ministro está “fazendo” isso:

disse que a “censura agressiva [nas redes sociais] parece violar a lei e a vontade do povo do Brasil” e afirmou que iria remover todas as restrições impostas pela Justiça a perfis de usuários do X:

compartilhou a imagem de um “X” formado pelas frases “free speech” (liberdade de expressão, em português):

Domingo (7.abr) concordou com a publicação do jornalista Michael Shellenberger de que “Lula e Moraes estão fazendo uma violação escandalosa” da Constituição e dos direitos humanos:

disse que iria divulgar “em breve” as “exigências” de Moraes à plataforma que violam as leis brasileiras:

chamou o ministro do STF de “Darth Vader do Brasil”:

classificou as exigências mencionadas pelo Twitter Files Brazil como “draconianas”. O caso cita requisições do Poder Judiciário entre os anos de 2020 e 2022, que pediram, entre outras coisas, o fornecimento de dados pessoais de usuários do Twitter, remoção de conteúdo e investigações:

recomendou que usuários brasileiros usem o recurso de VPN (rede privada virtual, em português), que permite navegar de maneira oculta e contornar alguma proibição judicial, caso o X saia do ar: 2ª feira (8.abr)

chamou de “precisa” a publicação de uma conta no X sobre o “relatório que expôs a ‘censura agressiva’ do Brasil”:

chamou Moraes para um “debate aberto” sobre as supostas determinações que suspenderam contas de integrantes do Congresso e de jornalistas na plataforma:

questionou o ministro se a “desinformação” está com o empresário e Shellenberger:

disse que o X apoia brasileiros, independentemente da filiação política:

afirmou que Moraes é um “ditador” e deveria ser julgado por seus “crimes” uma vez que a lei se aplica a todos:

declarou que Moraes se tornou “o ditador do Brasil” porque colocou o presidente Lula “em uma coleira”:

3ª feira (9.abr) compartilhou um meme afirmando que se as pessoas apoiam o lado dos censuradores da liberdade de expressão, elas não são progressistas, mas tiranas:

agradeceu a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados por ter aprovado uma moção de louvor ao empresário “por expor e enfrentar a censura política e infundada imposta pela Justiça brasileira contra os usuários da plataforma no país”:

4ª feira (10.abr) chamou o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) de “corajoso” por chamar Lula de “ladrão” em evento da ONU:

respondeu “de nada” ao senador Eduardo Girão (Novo-CE). Em pronunciamento em inglês no Plenário, congressista agradeceu ao bilionário por “defender a liberdade de expressão” no Brasil:

afirmou que o X “respeita as leis do Brasil e de todos os países em que opera”, mas quando recebem uma ordem para infringir a lei, ela é recusada:

concordou com publicação de um perfil que afirmava que o banimento de contas no X, sem o “devido processo”, viola a Constituição do Brasil:

disse ser verdade a declaração do deputado Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL-SP) de que outras plataformas, com exceção do X, concordam em “violar a lei” com medo do Judiciário: 5ª feira (11.abr)

chamou indiretamente Moraes de “tirano”:

escreveu que o X recebeu um questionamento da Câmara dos Deputados dos EUA sobre “ações tomadas no Brasil que violavam a lei brasileira”:

voltou a chamar Alexandre de Moraes de “ditador”:

disse que o X foi solicitado a suspender contas de muitos congressistas e jornalistas:

concordou com publicação que dizia que o governo brasileiro está tentando banir a plataforma do país e impor uma multa diária porque Musk se recusa a “censurar” jornalistas ilegalmente:

chamou de “verdade” a declaração do deputado Gustavo Gayer (PL-GO) de que o Brasil é o “novo campo de batalha” da “ditadura” que se “identifica como democracia”:

chamou de “precisa” a afirmação de Shellenberger de que Lula diz apoiar a liberdade de expressão, mas “exige um regime de censura tão severo como o que vigora em Cuba”: 

disse que a “severidade da censura” e o grau em que as leis do Brasil estão sendo “violadas”, em “detrimento do seu próprio povo, é o pior de qualquer país do mundo” em que o X opera:

6ª feira (12.abr) afirmou que o processo de apelação, recurso cabível contra sentenças proferidas, a pedido do X é uma “farsa”:

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