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“Nada vem de um lugar só”, diz José Ignacio antes de abrir exposição Ori Tupinambá

Filhos de pais cubanos, o baiano José Ignacio tem passagens pelo Rio de Janeiro, Estados Unidos e Copenhague. Por isso, as perguntas “quem somos nós” e “que eu sou” sempre fizeram parte de seu cotidiano e o levou a curiosidade para entender os povos originários, principalmente da América Latina.

Sua pesquisa sobre o tema deu origem à exposição Orí Tupinambá, que será aberta  hoje, às 19h, na Caixa Cultural Salvador. A exposição reúne pinturas e esculturas de madeira, ferro e pedras do mar, influência do contato com o artista plástico Carybé. A curadoria é da arquiteta e pesquisadora Ticiana Lamego, com quem t ele rabalha há mais de 20 anos.

A mostra reúne 26 obras, sendo 11 esculturas e 15 pinturas em acrílica sobre tela. Cada peça e cada quadro representa uma entidade. A ideia é que o público possa construir seu próprio sentido na visitação, através de uma fruição que inicia com um ponto de partida, que é a cabeça, o ori. A partir daí, cada um deve construir a imagem das divindades com as suas próprias referências.

“As peças são um conjunto. Um Panteon imaginário. Neste momento elas não podem existir ou fazer sentido individualmente. Elas, como conjunto, representam uma versão imaginária de um agrupamento divino pertencente aos homens e mulheres que ocuparam este continente durante milhares de anos”, explica José Ignácio. 

A entrada para a exposição é gratuita e, segundo o artista, dá continuidade ao seu entendimento de que a arte deve ser colocada a serviço da cultura.

“Nada vem de um lugar só, tudo vem de coisas que vimos, estudamos, que nos emocionaram. Sempre tive paixão por antropologia, pintura figurativa, precisei aprender a ser brasileiro depois de experiências no exterior. Sempre pintei mata, figura humana e senti a necessidade de colocar minha arte a serviço de meu país, do lugar de onde eu venho”, conta.

Quem for à exposição, que fica aberta ao público até o dia 4 de junho, de terça a domingo das 9h às 17h30, vai ter a oportunidade de ver as imagens e construir suas próprias divindades, como explica o artista. 

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