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‘Não podemos esperar o sangue no campo para tomarmos uma atitude’, diz presidente da CPI do MST

Deputado federal Luciano Zucco (Republicanos) repudiou o pedido da defesa de José Rainha Júnior ao STF para que ele não seja obrigado a comparecer à comissão

Reprodução/Jovem Pan News

Deputado federal Luciano Zucco (Republicanos) é o presidente da CPI do MST

Nesta semana, a defesa de José Rainha Júnior, líder da Frente Nacional de Lutas (FNL), pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele não seja obrigado a comparecer à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga ações do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e de outras entidades responsáveis por invasões de terras no Brasil. Rainha Júnior está convocado para comparecer ao colegiado no dia 3 de agosto. Para comentar este possível não comparecimento e o desenrolar das investigações, o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, entrevistou o presidente da CPI do MST, deputado federal Luciano Zucco (Republicanos), que disse esperar o comparecimento do líder da FNL e repudiou crimes supostamente cometidos pelos movimentos: “Eu não quero crer que a questão jurídica irá atrapalhar uma investigação de um dito líder que justifica plenamente a sua ida para explicar o modus operandi com que ele comete esses crimes (…) Logicamente que agente respeita a defesa e suas estratégias jurídicas, mas a gente acredita que isso não vai ter nenhum problema e que ele estará presente sim”.

“Nós não podemos admitir que qualquer movimento se autodesigne autoridade para sair invadindo uma propriedade privada, ou pública. Não podemos achar que o MST pode decidir se pode sair cometendo crimes. E não é só o esbulho possessório, estamos falando em associação criminosa, corrupção de menores, crimes ambientais, muitas vezes em cárcere privado, dano ao patrimônio, casos de sequestro e violência (…) Nós não podemos misturar com a agricultura familiar, que apoiamos. Nós não podemos misturar o pequeno, o médio e o grande produtor, que apoiamos, nós somos contra o crime. Estamos atrás de criminosos, que cometem atrocidades no campo. Não podemos esperar o sangue no campo para tomarmos uma atitude. Nesse sentido, essa CPI está levantando legislações para trazer mais segurança jurídica”, declarou.

O parlamentar também comentou o arquivamento da Procuradoria-Geral da República (PGR) de um pedido de investigação por suposta participação de Zucco nos atos do 8 de Janeiro. Para o deputado, o movimentou se tratou de perseguição: “Infelizmente, hoje, umas das estratégias da esquerda é instrumentalizar a imprensa para que haja algum tipo de desgaste a algum parlamentar. Eu não acreditava que seria assim no Congresso, ou na Câmara. Este anúncio de investigação ocorreu na semana em que eu fui empossado presidente da CPI. Isso não foi por acaso, logicamente (…) Mas a PGR, totalmente embasada, viu que não havia nenhum fundamento e já solicitou o arquivamento. A gente vê e nota muitas vezes vezes, como estratégia política, usar o Judiciário para afrontar e tentar amedrontar”. Zucco também falou sobre as possíveis mudanças que o relatório da CPI do MST pode trazer.

“Nós queremos mostrar que, sim, nós podemos pautar uma reforma agrária sem cometer crime. Cabe ao Incra, cabe ao governo, criar mecanismos corretos, conversando com aqueles proprietários de terra que venham a ser tituladas, e não sair invadindo (…) Tivemos nesse momento de CPI a ida do ministro do MDA, Paulo Teixeira, como da Agricultura, Carlos Fávaro, como o próprio pronunciamento do presidente Lula dizendo ser contrário às invasões (…) Nós queremos mostrar para a sociedade que o agro precisa ser respeitado (…) Já temos uma ideia de relatório a ser produzido, estamos produzindo. Inclusive para trazer um pacote ‘invasões zero’ com legislações para trazer mais segurança, inclusive mais penalizações para esses invasores. Como, por exemplo, tratar como terrorista, ou até mesmo inibir qualquer tipo de nomeação em cargo público ou pedido de auxílio social, como o Bolsa Família”, afirmou. Confira a entrevista completa no vídeo abaixo.

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