A publicação destacou o ChatGPT pelo reconhecimento da influência da IA no desenvolvimento e no progresso da ciência

Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (foto) é descrita pela “Nature” como “protetora da Amazônia” Marcelo Camargo/Agência Brasil

PODER360 14.dez.2023 (quinta-feira) – 4h27

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, foi eleita uma das 10 pessoas mais influentes no mundo para a ciência pela revista Nature, uma das principais publicações científicas internacionais. A lista foi divulgada na 4ª feira (13.dez.2023) e pode ser consultada na página da Nature na internet.

Marina Silva é descrita pela Nature como “protetora da Amazônia” e aquela que ajudou a reverter o desmatamento desenfreado que vinha ocorrendo no governo de Jair Bolsonaro (PL).

Segundo a revista, em um ano de más notícias ambientais, com aquecimento global recorde, ondas de calor escaldantes e incêndios, Marina Silva transmitiu uma mensagem de esperança ao, em 3 de agosto, anunciar que houve uma queda de 43% nos alertas de desmatamento com base em imagens de satélite da floresta amazônica de janeiro a julho de 2023, em comparação com o mesmo período de 2022.

A ministra retomou o PPCDAm (Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal), que o governo Bolsonaro havia extinguido. Além disso, restabeleceu o apoio ao policiamento da região para fazer cumprir as regulamentações ambientais.

De janeiro a julho, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) emitiu 147% mais multas por crimes ambientais do que a média de 2019 a 2022.

A Nature cita que, no governo de Bolsonaro, houve redução de 40% nas multas por crimes ambientais e a exploração madeireira na Amazônia aumentou cerca de 60% em comparação com os 4 anos anteriores.

A lista elaborada pela Nature destaca o papel de pessoas que ajudaram a fazer descobertas na ciência e que chamaram atenção para questões cruciais. A própria revista explica que não se trata de um prêmio ou de um ranking, mas de uma seleção compilada pelos seus editores para elencar as histórias mais interessantes do ano.

ChatGPT   Além de selecionar pessoas, este ano a Nature elegeu também um não humano, o ChatGPT, para figurar entre os mais influentes de 2023. Trata-se, segundo a revista, do reconhecimento da influência da IA (inteligência artificial) no desenvolvimento e no progresso da ciência.

“Por que incluir um programa de computador numa lista de pessoas que moldaram a ciência em 2023? ChatGPT não é uma pessoa. No entanto, em muitos aspectos, este programa teve um efeito profundo e abrangente na ciência ao longo do ano”, diz a publicação.

“O único objetivo do ChatGPT é continuar os diálogos de maneira plausível conforme os dados de treinamento. Mas, ao fazê-lo, este e outros programas de inteligência artificial generativa estão mudando a forma como os cientistas trabalham”, completa

A revista acrescenta que ninguém sabe quanto mais há para extrair de sistemas como o do ChatGPT. As competências deles ainda podem ser limitadas pela capacidade computacional ou por novos dados de treinamento. “Mas a revolução da IA generativa já começou. E não há como voltar atrás”, diz a Nature.

Com informações da Agência Brasil.