Prática bastante comum no país, a soltura de balões se intensifica com a chegada das festas juninas. Neste ano, a cada oito horas, um balão foi avistado próximo a aeroportos, o que coloca em risco não só os baloeiros, mas também todos os envolvidos nas operações aéreas, pois há riscos de colisão entre as aeronaves e estes artefatos. Segundo dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), 452 balões foram registrados próximos aos aeródromos este ano, número recorde da série histórica iniciada em 2012. Deste total, 201 foram notificados no estado de São Paulo. Conforme previsto no artigo 42 da Lei nº 9.605/98, fabricar, vender, transportar e soltar balões é crime, com pena de um a três anos e multa de 10 mil reais. No ano passado, a Polícia Militar Ambiental de São Paulo apreendeu 129 balões e autuou 257 pessoas. Já neste ano, 21 balões foram apreendidos e seis pessoas autuadas.
Em nota, o órgão afirma que “segue empenhada no combate à soltura de balão e atuam no combate dessa prática por meio de patrulhamento ostensivo e preventivo, atividades de inteligência, fiscalizações e observação do céu para tentar deter os autores em flagrante, e ainda pede à população que colabore com as forças de segurança denunciando a fabricação, transporte e soltura de balões.” Ainda segundo as autoridades, os grupos são mais ativos na capital, na região metropolitana e em outras localidades mais populosas, como, por exemplo, a cidade de Campinas. Os baloeiros se organizam em comunidades nas redes sociais e compartilham informações exibindo suas atividades. Sobre a feitura dos balões, a Polícia Militar Ambiental informa que na maioria das vezes são utilizados materiais leves e altamente inflamáveis para a confecção. Porém, nos casos de maior porte, já foi observada a utilização de botijão de gás em um fogareiro e também fogos de artifício.