Em relatório divulgado nesta terça-feira, 9, o Programa de Observação da Terra da União Europeia, conhecido como Copernicus, confirmou que o ano de 2023 foi o mais quente já registrado, com uma temperatura média de 1,48ºC mais alta do que na era pré-industrial. O valor é um pouco abaixo do limite de 1,5ºC estabelecido pelo Acordo Climático de Paris em 2015, que estipula um limite seguro para a temperatura da terra. A influência do fenômeno El Niño foi apontada como responsável por eventos extremos, como ciclones, estiagens e ondas de calor.
Os cientistas alertam que janeiro de 2024 está caminhando para ser ainda mais quente, podendo superar pela primeira vez o limite de 1,5°C em um período de 12 meses. O aquecimento global é apontado como o principal fator para o aumento das temperaturas, mas o El Niño também exerce impacto significativo. Segundo os especialistas, seria necessário um aquecimento médio de 1,5°C ao longo de duas a três décadas para ultrapassar o limite acordado no Acordo de Paris.
De acordo com o Copernicus, a temperatura global média em 2023 foi cerca de um sexto de 1°C mais alta do que o recorde anterior estabelecido em 2016. Esse recorde foi quebrado durante sete meses consecutivos. Diversos fatores contribuíram para que 2023 se tornasse o ano mais quente já registrado, mas os gases com efeito estufa provenientes da queima de carvão, petróleo e gás natural foram apontados como os principais responsáveis.