InícioEditorialPolítica NacionalOposição apresenta requerimento de urgência para votação do Marco Temporal no Senado

Oposição apresenta requerimento de urgência para votação do Marco Temporal no Senado

Movimentação da bancada ocorre após paralisação de julgamento na Suprema Corte e tem o objetivo de acelerar tramitação na Casa Alta

Edilson Rodrigues/Agência Senado

Bancada espera reunir ao menos 45 assinaturas para requerimento de urgência

A bancada da oposição no Senado protocolou um requerimento de urgência para a votação do projeto de lei do Marco Temporal na Casa. Se aprovado, o texto vai direto ao plenário, sem passar pelas comissões. A iniciativa ocorre após a paralisação do julgamento sobre o tema no Supremo Tribunal Federal (STF). Na tarde desta quarta-feira, 7, após o voto do ministro Alexandre de Moraes, que seguiu o relator, Edson Fachin, e votou contra a tese que estabelece que os povos originários só poderão reivindicar a posse dos territórios que já estivessem ocupando na data de promulgação da Constituição de 1988, o ministro André Mendonça pediu vista, ou seja, mais tempo para análise do caso. O ministro Nunes Marques foi o único a votar a favor até o momento – o julgamento ocorre na Corte desde setembro de 2021.

Segundo relatos feitos ao site da Jovem Pan, o requerimento é de autoria do senador Ciro Nogueira (PP) e já reuniu mais de 20 assinaturas. A ideia, diz o senador Jorge Seif (PL-SC), vice-líder do Partido Liberal na Casa, é votar a proposta ainda no mês de junho. “Quanto mais assinaturas um requerimento de urgência tem, mais chances e mais força junto ao presidente da Casa”, disse à reportagem. O projeto de lei do Marco Temporal chegou ao Senado após uma aprovação elástica na Câmara dos Deputados. No dia 30 de maio, o texto foi aprovado com 283 votos favoráveis e 155 contrários, em uma derrota para o governo Lula, que orientou o voto contrário e tentou, inclusive, adiar a votação – o requerimento de retirada de pauta foi derrotado por 257 votos a 123.

Após a aprovação do Marco Temporal na Câmara, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sinalizou que o projeto seria, inicialmente, enviado para as comissões. A articulação da bancada do PL, portanto, pode encontrar esbarrar na resistência de Pacheco e da base aliada de Lula na Casa, onde a situação para o Palácio do Planalto, em termos de voto, é mais confortável. Por isso, a ideia dos parlamentares é contar, no mínimo, com a adesão de 45 senadores. “Assim, certamente o requerimento será votado”, diz Seif.

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