Para os parlamentares do PP, PL, Republicanos e Novo, que ficaram isolados, o critério constitucional de proporcionalidade não foi seguido na escolha das presidências
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
Presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, não concedeu a presidência de nenhuma comissão aos partidos de oposição, que foram contra a recondução dele ao cargo no início de fevereiro
Os senadores da oposição que integram o bloco “Vanguarda” (PP, PL, Republicanos e Novo) devem se reunir nesta terça-feira, 14, para discutir quais são os próximos passos diante das instalações das comissões no Senado Federal na semana passada, sendo que nenhum recebeu o comando de alguma delas. A possibilidade de judicialização da questão, levando para decisão do Supremo Tribunal Federal, deve ser pautada no encontro, já que o regimento interno do Senado ratifica a regra constitucional de que o critério da proporcionalidade deve vigorar na escolha do comando das comissões da Casa. Ao todo, a Câmara Alta tem 14 comissões e, atualmente, só está sem comando a comissão Mista de Orçamento. A oposição pensa ainda na instalação de novas comissões para que possam ser acomodados, o que demanda diálogo com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e com a mesa diretora. O bloco acredita que comissões como a de “Educação, Cultura e Esporte”, que engloba três temas diferentes, poderia ser desmembrada, como ocorre na Câmara dos Deputados, sem impacto na questão orçamentária. Alguns senadores da oposição já falam abertamente que não têm interesse em assumir vice-presidência de comissões, já que o posto só garante alguma visibilidade ao parlamentar em caso de falta do presidente à sessão.
*Com informações da repórter Berenice Leite