Vamos lá outra vez: no país de “se a próxima eleição presidencial fosse hoje”, ou melhor, tivesse acontecido entre os dias 25 e 29 de setembro último reunindo somente Lula (PT), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Pablo Marçal (PRTB), o resultado…
O resultado teria sido: Lula, 32% dos votos, Marçal 18% e Tarcísio, 15%. Votos indecisos: 18%. Votos nulos, em branco e abstenção: 18%. É o que mostra pesquisa da Quaest que entrevistou duas mil pessoas. Margem de erro: dois pontos percentuais.
Lula pode comemorar? Pode. Mas a pesquisa trouxe um dado que deve preocupá-lo: na faixa dos eleitores mais pobres, os que ganham de 0 a 2 salários-mínimos, aumentou o percentual dos que acham que ele não deve se candidatar ao quarto mandato.
Em julho passado, 45% dos brasileiros ouvidos pela Quaest disseram que Lula deveria ser candidato; no final de setembro, 40%. Os que em julho disseram que ele não deveria ser candidato (53%), no final de setembro somavam 58%.
O racha da direita se deu dentro do eleitorado de Bolsonaro. Enquanto Lula mantém 71% dos votos que conquistou em 2022, Marçal e Tarcísio dividem o espólio de Bolsonaro, cada um com cerca de 30% dos votos bolsonaristas.
Lula vence Marçal e Tarcísio em todas as regiões do país, mas no Sul vence Marçal só por dois pontos. Nordeste: Lula, 44%, Marçal, 15% e Tarcísio 7%. No Centro-Oeste, Lula bate Tarcísio por 34% a 14%; no Sudeste, 25% a 20%; e no Sul, 25% a 13%.
Marçal aproveitou a eleição municipal para nacionalizar o seu nome; o de Tarcísio ainda não está nacionalizado. No momento, segundo a Quaest, Marçal, Michelle Bolsonaro e Tarcísio têm “o mesmo percentual de força” para enfrentar Lula em 2026.
Quando se viu de fora do segundo turno para prefeito de São Paulo, Marçal anunciou que daqui a dois anos será candidato – ou a governador de São Paulo ou a presidente da República. Não será se a Justiça cassar seus direitos políticos, tornando-o inelegível.
É pelo que torce Tarcísio, e os afortunados da avenida Faria Lima, em São Paulo.