Com pesar, a família do menino Pedrinho [Pedro Gomes de Oliveira] informou, na tarde deste domingo (09), o seu falecimento no Centro de Tratamento Intensivo Pediátrico, no Hospital Felício Rocha, em Belo Horizonte (MG), onde estava internado há um ano e 25 dias, enquanto aguardava uma decisão da União para uma cirurgia de alta complexidade, que somente é realizada em Miami, nos Estados Unidos.
A morte foi constatada às 15h deste domingo (09), Dia dos Pais, pelo médico que assistia a criança. Os pais de Pedrinho, Sueide Gomes da Silva, de 30 anos, e Ivanilto Oliveira de Souza, de 43, desde a manhã acompanham o agravamento do quadro.
Na manhã deste domingo, os batimentos cardíacos estavam a 30, mas o menino resistia a um quadro de infecção, contraída a cerca de oito dias, logo após a decisão da justiça, que determinou que o governo brasileiro arcasse com os custos integrais da cirurgia.
Pedrinho nasceu em Eunápolis, no dia 14 de julho de 2014. Ele era portador da Síndrome do Intestino Curto e precisava de um transplante multivisceral. No Brasil, esse transplante faz parte de um protocolo experimental autorizado pelo Ministério da Saúde. Apenas dois pacientes já fizeram o procedimento e ambos morreram.
Infelizmente, o menino Pedrinho não resistiu a mais de um ano de luta pela vida
Nos Estados Unidos a cirurgia é realizada há mais de uma década e pode custar 1 milhão de dólares (mais de R$ 3 milhões). Familiares e amigos em Eunápolis realizaram uma campanha de doações para salvar Pedrinho, mas não conseguiram a soma necessária para a cirurgia.
No dia 20 de julho passado, o juiz, Miguel Ângelo de Alvarenga Lopes, da 10ª Vara Federal de Justiça de Minas Gerais, deferiu a antecipação da Tutela obrigando o Sistema Único de Saúde a arcar com a despesa integral da cirurgia. A União contestou alguns pontos do parecer do juiz.
Por | radar64