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Paiva compara Bahia ao PSG ao falar do elenco: ‘Sem treino não faz equipe’

A expectativa criada pelos tricolores após a venda da SAF do clube para o Grupo City ainda não foi transformada em realidade. Nos primeiros três meses da parceria, os resultados passam longe do esperado. 

Mesmo com o pesado investimento feito pelo tricolor na contratações de atletas, o Bahia não mostrou o desempenho esperado. O time acumulou vexames, como as goleadas para Fortaleza (3×0) e Sport (6×0) e vive situação delicada na Copa do Nordeste, onde é lanterna do grupo B. 

A última derrota da equipe foi no jogo de ida da semifinal do Campeonato Baiano. O time caiu para o Itabuna, por 1×0, e agora terá que reverter o cenário na partida de volta se não quiser amargar a eliminação. 

Alvo de protestos da torcida, o técnico Renato Paiva diz que o baixo aproveitamento do Esquadrão na temporada é fruto do pouco tempo de treinamento da equipe após o início das competições. Ao ser questionado sobre a qualidade do elenco, o português comparou o Bahia ao PSG. 

“Se o senhor tiver 11 ovos e os deixar dentro de uma panela, não faz um omelete. Aqui temos o mesmo, nós temos um elenco, mas temos que trabalhar, temos que treinar. Não conseguimos treinar e nem conseguimos recuperar. Arriscamos hoje com alguns jogadores. Eu não consigo trabalhar de outra forma em que o treino não seja a base de performance da equipe”, disse ele. 

“Não consigo treinar, junto os jogadores, recupero e passo vídeos. ‘Ah, mas o elenco tem muita qualidade, gastou R$ 70 milhões’. O PSG também tem muita qualidade e ficou fora da Champions. Se não conseguirmos montar uma equipe, não adianta ter 13 ou 14 bons jogadores. Para ser uma equipe precisamos treinar”, completou. 

Esse ano, o Bahia disputou 18 jogos, dois com a equipe sub-20. O tricolor sofreu 25 gols. O Esquadrão tem a pior defesa entre os 20 clubes que disputam a Série A do Brasileirão. Durante o jogo contra o Itabuna, Renato Paiva ouviu protestos das arquibancadas. 

O treinador, aliás, mostrou certa irritação com as cobranças. Em mais de uma oportunidade ele deixou claro que não vai mudar os conceitos e que os tricolores precisam ter paciência no processo de implantação da forma de jogar. 

“Já disse que a torcida tem a opinião que quiser. Faço o meu trabalho junto com as pessoas que estão aqui. Contra o Jacuipense tivemos uma semana inteira de trabalho e conseguimos, em um bom gramado, colocar em prática o nosso jogo. Depois tivemos o jogo contra o Vitória, contra o Camboriú e esse, a equipe voltou a se ressentir. Tenho que mexer na equipe pois não vou lesionar [ os atletas]. Enquanto não repor o nosso tempo de trabalho, vamos andar nessa oscilação. É normal”, afirmou.

Nesta terça-feira (14), o Bahia tem mais um jogo importante. O tricolor encara o Fluminense-PI, em Teresina, pela penúltima rodada da Copa do Nordeste. O Esquadrão precisa vencer para seguir com chance de classificação.

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