A economia solidária, modelo baseado na autogestão e no cooperativismo, é o foco central da Conferência Estadual de Economia Popular e Solidária, realizada até sexta-feira (22) no Gran Hotel Stella Maris, em Salvador. Durante a abertura oficial, nesta quinta-feira (21), foi destacada a importância da mobilização coletiva para ampliar investimentos, assessoria técnica e a universalização dessa política.
Francisco de Oliveira, representante da Secretaria Nacional de Economia Popular e Solidária (Senaes), ressaltou o protagonismo da Bahia no setor: “O modelo começou no Sul, mas o Nordeste, especialmente a Bahia, consolidou esse avanço com força popular”. Ele também destacou que o evento é uma etapa preparatória para a conferência nacional, marcada para agosto de 2025.
Davidson Magalhães, secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), frisou o impacto do setor no Brasil, que envolve 23 milhões de pessoas: “Não estamos falando de um nicho. A economia solidária precisa ser vista como uma política transformadora para inclusão e desenvolvimento”.
Nos dois dias de debates, os 600 delegados presentes discutirão propostas em cinco eixos temáticos, como financiamento solidário, educação técnica e ambiente institucional. O evento também elegerá 82 representantes para a delegação baiana na 4ª Conferência Nacional de Economia Solidária.
Débora Rodrigues, do Fórum Baiano de Economia Solidária, defendeu ações estruturantes para a universalização da política, incluindo a criação de um sistema de compras públicas. Já Adolfo Loyola, chefe de gabinete da Governadoria, propôs um plano de ações para ampliar a integração da economia solidária com iniciativas como a agricultura familiar, consolidando ainda mais o papel da Bahia como referência nacional.