Em entrevista ao Pânico, comunicador opinou que direita precisa disputar espaços políticos fora das eleições, como o universo estudantil
Reprodução/Jovem Pan News
Lucas Pavanato foi o convidado do programa Pânico
Nesta quarta-feira, 19, o programa Pânico recebeu o comunicador Lucas Pavanato. Em entrevista, ele relatou sobre a expulsão que o grupo de jovens de direita UJL (União, Juventude e Liberdade) sofreu durante o Congresso da União Nacional dos Estudantes (Conune), que aconteceu durante a última semana, em Brasília. “Você traz argumentos, traz verdades para essa galera. Quando eles se veem perdidos, que estão encurralados, que não vão conseguir tirar um corte positivo daquele debate, reagem com violência. Já vivi vários outros casos, já tive discussões com feministas. Recentemente, estava em Brasília, no Congresso da UNE, e pela primeira vez na história jovens de direita participaram. Adivinha o que os movimentos tradicionais de esquerda que ocupam a UNE fizeram com esses jovens? Tiraram a galera de lá na porrada, expulsaram por meio da pancada”, descreveu. Pavanato conta que, após o embate, foi pessoalmente ao encontro dos estudantes com uma camisa estampada com o rosto de Jair Bolsonaro. “Me organizei, voltei ao evento usando uma camiseta do Bolsonaro. É um traço de amadurecimento da direita passar a não só disputar eleições, mas ocupar espaços. A UNE teoricamente é representante dos estudantes. A maioria dos estudantes, eu tenho certeza, não são de esquerda. Tem muitos estudantes de direita, mas a maioria deles não tem espaço dentro da UNE”, ressaltou.
Para o futuro, Pavanato anuncia que pretende se candidatar a vereador pela cidade de São Paulo. Ele acredita que, mesmo com Jair Bolsonaro inelegível, seu apoio deve ser um grande capital político em disputa para futuros representantes nas próximas eleições. “O Bolsonaro está inelegível, mas continua sendo a maior liderança da direita brasileira. Ele continuará podendo fazer campanha, dando apoio, sendo o maior cabo eleitoral que esse país já teve, colocando gente lá. No caso do Tarcísio, o Bolsonaro emprestou a popularidade e a credibilidade, mas não emprestou a rejeição. Ou seja, como cabo eleitoral ele é ainda mais forte que candidato”, opinou. “Com o desandar da carruagem do governo Lula e a direita conseguindo fazer, no mínimo, uma oposição decente, nós iremos construir alternativas. Se Deus quiser, na próxima eleição presidencial a gente consegue colocar alguém de direta novamente. Tenho vontade de ser candidato a vereador, vou trabalhar por isso. Entendo que Deus me deu uma missão que está ficando cada vez mais clara, que é a política”, concluiu.