Era natural haver uma interrogação sobre como Zona de Perigo iria funcionar no Carnaval. A aposta de Léo Santana para a festa de retorno às ruas após dois anos foge um pouco da suingueira que o cantor costuma produzir.
A música pode ser definida como um arrocha, com ritmo mais cadenciado, que viralizou rapidamente nas redes sociais com a coreografia, que certamente você já viu alguém reproduzindo por aí. Mas será que funcionaria na rua? Pelo que vimos no primeiro dia do Carnaval, sim.
Não que seja novidade uma arrocha fazer sucesso no Carnaval. Márcio Victor já tinha feito antes da pandemia. Mas fica sempre a dúvida. Para o desfile de ontem, em seu arrastão pipoca na Barra, Léo e sua banda aumentaram um pouco a velocidade do hit e o público aprovou.
Integrante do Fã Clube Estilo LS, de Curitiba, a soteropolitana Jacy Chaves estava se acabando com a coreografia em um das ruas adjacentes à Avenida Almirante Marquês de Leão quando Léo passou por lá cantando seu sucesso. “Quem foi que disse que não pega? Oxente! Quando a música toca a gente só quer saber disso aqui ó”, anunciou, enquanto dançava a coreografia viral.
Jacy diz que não tem isso de Zona de Perigo não ser uma música que vai pegar na folia baiana. Ela entrou em um fã clube quando morou em Curitiba para seguir próxima do cantor. Perguntamos se ela aceitaria um vale night com Léo Santana e a resposta foi negativa. Ela admira muito o casamento com Lore pra topar a brincadeira.
Do lado do trio, a euforia era a mesma. Deu pra pular e curtir o arrocha, que ainda abriu caminhos para incontáveis fretes pelo circuito. A pegação rolou daquele jeito. Juntos há cinco meses, Raí Santos e Karine Lavínia fizeram uma fantasia de casal para curtir, entre outras coisas, a pipoca do GG. Ele foi com uma plaquinha avisando que tem dona e ela usava tiara avisando que a proprietária do homem é ela.
Raí brincou dizendo que é mais gostoso do que Léo Santana. Karine concordou plenamente. Mas a pouco mais de 5 m distante de onde estavam, as avaliações era unânimes: “É o homem mais gostoso da história!” gritou empolgada a ambulante Márcia Santos Sousa, 47, com quórum masculino e feminino ao seu redor.
A sensualidade de Léo é um dos fatores para que Mônica Silva, estudante de 24 anos, começasse a admirar o GG. Com a quebradeira característica de sua música então virou a junção do útil ao agradabilíssimo.
Mas vale lembrar que Léo Santana é casado com a bailarina Lore Improta, que já comentou sobre o assédio ao marido. “Tenho zero ciúmes. A gente se apoia muito, a conquista dele é minha conquista. Graças a Deus todo mundo deseja, mas é meu”, disse em entrevista.
Na última quarta, Lore foi às redes sociais para comentar que seu marido é o homem mais desejado do Brasil. Em tom de brincadeira, desabafou que não aguenta mais ver seu Leo sendo assediado desde o lançamento de Zona de Perigo. Mas até o fim do Carnaval, ela vai ter de aguentar muita azaração.
Zona de Perigo chegou ao Top 1 das músicas mais tocadas no Brasil nas plataformas de áudio, com mais de 32 milhões de reproduções no Spotify. Neste momento, está em 46º no Top Global da plataforma, mas chegou a bater a 25º posição.
Mas Léo não ficou só na música atual. Para aguentar mais de 6h de circuito é preciso variar o repertório. Zona de Perigo foi tocada diversas vezes, mas também deu pra relembrar músicas como Deboche, Santinha e canções do seu tempo de Parangolé, banda que projetou o GG na segunda metade da década retrasada e que hoje é comandada por Tony Salles.
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