A participação da agricultura familiar no PNAE – o Programa Nacional de Aquisição de Alimentos – ainda é pequena na região Nordeste. Esse é um dos pontos abordados pela pesquisa da UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, feita em parceria com a instituição norte-americana Toronto Metropolitan University.
Durante um ano, os pesquisadores analisaram dados de 31 municípios potiguares. O principal entrave encontrado foi a “burocracia”.
O estudo revelou que apenas 18% da carne adquirida pelo PNAE em 2019 veio do pequeno produtor. Apesar de existir oferta de alimentos de origem animal suficiente para suprir a demanda quanto o mínimo exigido pela legislação que prevê pelo menos 30% dos alimentos adquiridos da agricultura familiar.
A pesquisa também aponta que a maioria do que é comprado desses pequenos produtores são produtos hortifrúti, e alguns municípios sequer conseguem adquirir alimento de produtores locais. De todas as cidades pesquisadas, apenas 3 compraram carne de agricultura familiar.
De acordo com Viviany Chaves, uma das autoras do relatório, para conseguir vender carne para o PNAE, os municípios precisam dar condições para que os pequenos produtores cumpram as regras mínimas de inspeção sanitária: a presença de abatedouros, equipes qualificadas e formas de armazenamento e transporte.
O relatório da UFRN sugere o estabelecimento de consórcios intermunicipais, para qualificar e fornecer equipamentos mínimos para cadeia local de produção de carne.
Economia São Luís (MA) 20/10/2022 – 15:01 Sâmia Mendes / Guilherme Strozi Gabriel Corrêa – Repórter da Rádio Nacional carne plano de aquisição de alimentos agricultura familiar Pequeno Produtor quinta-feira, 20 Outubro, 2022 – 15:01 112:00