Planejada desde o início do ano pelos órgãos federais, a Operação Oraculum localizou 20 acampamentos, com R$ 5 milhões em bens
Divulgação/Polícia Federal
Operação apreendeu veículos, duas espingardas, diversas munições, dois tratores, motosserras e 17 motores utilizados para extração de minérios
Agentes da Polícia Federal e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) prenderam um grupo suspeito de extrair ilegalmente diamantes, ouro e madeiras da Terra Indígena Roosevelt e Parque Indígena Aripuanã, em Roraima, nesta semana. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 26, pelo governo federal. Planejada desde o início do ano pelos órgãos federais, a Operação Oraculum localizou 20 acampamentos, com R$ 5 milhões em bens. Durante as diligências, os policiais federais atuaram nos maiores pontos de alerta de desmatamento e exploração garimpeira existentes no interior das terras indígenas.
Foram apreendidos um caminhão, duas caminhonetes, duas espingardas, diversas munições, duas motocicletas, dois tratores, motosserras, 17 motores utilizados para extração de minérios, além de outros equipamentos utilizados pelos criminosos para a prática de extração ilegal de diamantes, ouro e madeira no interior das Terras Indígenas. O valor dos bens foi estimado em R$ 5 milhões. A expectativa é que os investigados respondam por crimes de furto, receptação, associação criminosa, crime contra o patrimônio da União, na modalidade usurpação (garimpo de diamantes), além dos delitos previstos na Lei de Crimes Ambientais (transporte ilegal de madeiras e destruição de floresta nativa). Além desses delitos, os investigados também poderão responder pelo crime de desenvolver atividade clandestina de telecomunicações. As penas podem ultrapassar 20 anos de prisão, além da imposição de medidas patrimoniais para reparação dos danos ambientais causados.