A Polícia Federal já começou a perícia na lancha utilizada pelo indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips, no dia em que os dois foram mortos. O trabalho dos peritos teve início na manhã desta quinta-feira (23), e ocorre em Atalaia do Norte, no interior do Amazonas. Equipes da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) dão apoio à ação.
A polícia localizou a lancha, no domingo (19), no fundo do rio Itacoaí. A embarcação estava a cerca de 20 metros de profundidade, emborcada com seis sacos de areia para dificultar a flutuação, a uma distância de 30 metros da margem direita do rio.
Peritos da PF saíram do Distrito Federal para tentar detalhes sobre a dinâmica do caso em Atalaia do Norte.
O departamento técnico-científico da corporação tenta achar vestígios de sangue na embarcação utilizada por Bruno e Dom. Para isso, eles devem aplicar um reagente chamado luminol.
Os peritos também pretendem utilizar um scanner 3D no barco do indigenista brasileiro e o jornalista inglês. O equipamento com laser infravermelho é capaz de medir pontos de densidade e criar representações digitais da realidade.
A ideia é encontrar outros vestígios, como pontos amassados, para identificar se a embarcação bateu ou se há marcas de disparos de armas de fogo. O resultado da perícia deve sair nos próximos dias.
De acordo com a polícia, foram cinco horas de operação para encontrar a lancha. Além do casco da embarcação, também foram encontrados um motor Yamaha 40 hp, quatro tambores que eram de propriedade do Bruno, sendo três em terra firme e um submerso.
A lancha e os demais materiais foram levados para o porto de Atalaia do Norte ainda na noite de domingo. Na segunda -feira (20), a equipe de investigação levou a embarcação para um galpão, na própria cidade.
A polícia montou um esquema de segurança para guardar a lancha no novo local.