A Polícia Federal (PF) prendeu na tarde desta quinta-feira, 3, no Pará, um fazendeiro suspeito de ameaçar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo a corporação, o homem teria dito que daria um tiro na barriga de Lula enquanto realizava uma compra. O presidente participará de um evento no Estado nos próximos dias. De acordo com a PF, o suspeito teria perguntado aos presentes que sabia o hotel onde o presidente se hospedaria, quando fosse para Santarém, município onde foi efetuada a prisão. O investigado deve responder pelos crimes de ameaça e incitação ou preparo de atentado contra pessoa por motivos políticos. De acordo com a corporação, um inquérito foi instaurado após uma testemunha realizar uma denúncia após o ocorrido. Ainda segundo a PF, o homem confessou que teria participado das manifestações em frente ao 8º Batalhão de Engenharia de Construção, localizado em Santarém, durante 60 dias. Ele também afirmou que financiou a manifestação com R$ 1.000,00 todos os dias. A PF informou que durante as diligências os investigadores encontraram um comprovante de compra e venda de um imóvel. O valor é de R$ 2,5 milhões. O homem disse aos investigadores que é fazendeiro e que já trabalhou como garimpeiro. A reportagem do portal da Jovem Pan tenta localizar a defesa do investigado.
Na tarde desta quinta-feira, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, usou as redes sociais e afirmou que ameaçar autoridades não é liberdade de expressão. “Mesmo após o fracasso dos atos de 8 de janeiro, ainda existem pessoas que ameaçam matar ou agredir fisicamente autoridades dos poderes da República. Isso não é ‘liberdade de expressão’ e a Polícia Federal seguirá aplicando a lei contra criminosos. Renovo os apelos para que as pessoas protestem pacificamente e esperem a eleição de 2026”, escreveu Dino.