Acusação se fundamenta em declarações feitas pelo deputado, que se referiu ao mandatário brasileiro como ‘ladrão’
WALLACE MARTINS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Nikolas Ferreira, deputado federal
A Procuradoria-Geral da República (PGR) protocolou uma denúncia no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado federal Nikolas Ferreira, do PL de Minas Gerais, por injúria direcionada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A acusação se fundamenta em declarações feitas por Nikolas, que se referiu a Lula como um “ladrão que deveria estar na prisão”. A investigação teve início após uma representação do presidente ao Ministério da Justiça. A Polícia Federal (PF) concluiu que as declarações de Nikolas configuram injúria, mas optou por não indiciá-lo, considerando o caso como um “crime de menor potencial ofensivo”. O vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Chateaubriand Filho, destacou que a imunidade parlamentar não se aplica neste caso, uma vez que as declarações não estavam ligadas ao exercício do mandato do deputado.
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A PGR também solicitou uma audiência para discutir a possibilidade de um acordo de transação penal. Se não houver consenso entre as partes, a denúncia seguirá seu curso normal no sistema judiciário. A pena prevista para o crime de injúria varia de um a seis meses de detenção ou multa, e a PGR pediu que fossem considerados agravantes, dado que a ofensa foi dirigida ao presidente e amplamente divulgada nas redes sociais. Em resposta à denúncia, Nikolas Ferreira defendeu sua posição, afirmando que suas declarações são um exercício da liberdade de expressão e que não se arrepende do que disse. A situação levanta questões sobre os limites da liberdade de expressão no contexto político e a responsabilidade dos parlamentares em suas declarações públicas.
*Reportagem produzida com auxílio de IA