InícioNotíciasPolítica“Pior dia”: parentes se despedem de mãe e filha mortas em helicóptero

“Pior dia”: parentes se despedem de mãe e filha mortas em helicóptero

São Paulo – Amigos e parentes usam camisetas brancas com fotos de Luciana Rodzewics, 46, e da filha dela, Letícia Ayumi, 20, no velório delas, que ocorre neste domingo (14/1), no Cemitério Memorial Parque Jaraguá, na zona norte de São Paulo.

Elas e outras duas pessoas morreram no acidente de helicóptero que caiu em Paraibuna, no Vale do Paraíba, no interior paulista, no dia 31 de dezembro.

No local, o clima é de consternação. Silvia Santos, irmã e tia das vítimas, disse que esse é o pior dia da vida dela. Ela vestia um tênis da irmã Luciana: “Vou usar tudo o que for dela, ela vai estar sempre comigo”.

“Eu tenho de agradecer todas as orações. Pessoas que oraram, tiraram o seu tempo, para orar por mim e pela minha família, que Deus abençoe cada um de vocês. Hoje vai ser o dia mais difícil das nossas vidas. Perder uma irmã e uam sobrinha, que é praticamente uma filha para mim, é muito difícil”, completou Silvia.

Gilberto Rodrigues, cunhado de Luciana, agradeceu a imprensa: “Se não fosse a mídia, acho que não teria nem achado. Graças a Deus, encontraram e acabou essa agonia da família”.

Sidney Santos, pai de Luciana e avô de Letícia, disse que, apesar da tristeza, encontrar os corpos foi o fim de uma espera angustiante: “Agora é um momento que a gente fica um pouco mais aliviado, porque nós encontramos. O importante era encontrá-las, porque aquela incerteza estava deixando a gente angustiado. Agora, como apareceram os corpos, a gente está rezando e pedindo a Deus que ilumine e guarde elas para a vida eterna”.

A mãe de Luciana e o namorado de Letícia estavam muito emocionados e não conversaram com a imprensa.

A cerimônia de despedida de Raphael Torres, de 41 anos, ocorreu neste domingo no Cemitério Horto Florestal, também na zona norte, segundo publicação feita pela mãe dele, Suzete Torres, nas redes sociais.

O velório e o enterro do piloto do helicóptero, Cassiano Teodoro, 44. será no Cemitério Quarta Parada, mas a família não informou dia e horário.

Os corpos das quatro vítimas chegaram na tarde desse sábado (13/1) ao Instituto Médico Legal (IML) de São José dos Campos, onde foram realizados os exames necroscópicos para determinar a causa das mortes. O laudo deve ficar pronto em 30 dias.

Após esse procedimento, eles foram trazidos para São Paulo e liberados para as famílias.

O acidente O helicóptero modelo Robinson 44 foi encontrado, nessa sexta-feira (12/1), após 12 dias de buscas. O aparelho desapareceu na Serra do Mar, no dia 31 de dezembro. Morreram no acidente o piloto Cassiano Teodoro, 44 anos, e os três passageiros: Raphael Torres, 41; Luciana Rodzewics, 45; e Letícia Ayumi, 20.

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Piloto Cassiano Tete Teodoro conduzia helicóptero que sumiu Reprodução

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Letícia e Luciana estavam no helicóptero que sumiu em SP Reprodução

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Raphael Torres é amigo de Letícia Reprodução

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Print de vídeo enviado por Letícia Ayumi a namorado Reprodução

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Letícia enviou mensagens ao namorado citando pouso forçado de helicóptero antes de desaparecer Arquivo pessoal

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Troca de mensagens entre Letícia e o namorado mostra imagens de pouso forçado de helicóptero antes de desaparecer Arquivo pessoal

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Fotografia da vista do helicóptero que desapareceu mostra área de mata fechada e bastante neblina Arquivo pessoal

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Outra foto enviada por Letícia mostra helicóptero pousado no chão Arquivo pessoal

A aeronave partiu do Campo de Marte, na capital paulista, em direção a Ilhabela, no litoral norte, na véspera do Ano-Novo. O último registro no radar havia sido por volta de 15h20 do dia 31 de dezembro. Pouco antes de a aeronave desaparecer, Letícia enviou mensagens ao namorado avisando sobre as más condições climáticas. Ela gravou um vídeo em que o helicóptero aparece totalmente coberto por neblina, sem visibilidade.

A análise dos celulares que estavam no helicóptero havia sido feita pela equipe de aviação da Polícia Civil ao longo dessa quinta-feira (11/1). Segundo o delegado Paulo Sérgio Reis Mello, diretor do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), apenas com tempo favorável, o que ocorreu na quinta, esse trabalho foi possível.

“Para fazer uma triangulação e encontrar o local dos celulares, é preciso três antenas [de telefonia móvel]. Lá, tinha só uma, e virada para outro lado”, disse o delegado.

Por isso, os policiais precisavam fazer voos na região para identificar as localizações prováveis dos celulares. Eles traçaram um cone, a partir da Rodovia dos Tamoios, na altura do km 54, que seguia por um raio de 12 quilômetros em cada um dos lados.

Esse direcionamento foi repassado para o Comando da Aviação da Polícia Militar (PM) na tarde de quinta-feira, e as equipes planejaram uma busca mais minuciosa pelo helicóptero a partir da manhã dessa sexta-feira.

O cone traçado pela Polícia Civil foi dividido em cinco quadrantes. Em cada um deles, os helicópteros das polícias fariam voos específicos, com menor velocidade e altura. No segundo quadrante, por volta das 9h15, os PMs encontraram os corpos.

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