O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, emitiu nota na noite desta quinta-feira, 6, confirmando a troca no Ministério do Turismo. Pelo acerto, Daniela Carneiro será substituída pelo deputado federal Celso Sabino, que tem a benção da bancada do União Brasil. Segundo o ministro responsável pela articulação política, a decisão foi acertada durante reunião no Palácio do Planalto, da qual participaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Daniela e seu marido, o prefeito da cidade fluminense de Belford Roxo, Waguinho, na tarde desta quinta. “Na conversa, pudemos esclarecer as questões partidárias que motivam a troca no Ministério do Turismo, e a ministra demonstrou sua compreensão com a decisão do governo”, diz o ministro na nota. “O presidente agradeceu a ministra pelo excelente trabalho feito pela recuperação do Turismo no Brasil e pela disposição dela de permanecer contribuindo com o governo no Congresso, com o protagonismo de ser a deputada federal mais votada do Rio de Janeiro”, continuou o comunicado. Padilha informou ainda que irá se reunir novamente com o presidente Lula e também com líderes do União Brasil para “receber a indicação do deputado Celso Sabino” para comandar a pasta do Turismo. De acordo com o ministro, a data do encontro será definida nesta sexta-feira, 7.
A nota de Padilha foi divulgada momentos depois de a bancada do União Brasil emitir nota pedindo que a votação da reforma tributária fosse adiada. O comunicado de uma ala da bancada foi publicada horas depois de o Palácio do Planalto anunciar a permanência de Daniela Carneiro no cargo de ministra do Turismo, até que se encerrem as votações da pauta econômica no Congresso Nacional. O comando do Turismo, além de cargos no segundo escalão do ministério, são pleiteados pela legenda. Apesar da pressão de um segmento do União, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), descartou o adiamento e permitiu a votação remota, para facilitar a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
Na nota divulgada nesta quinta, o União Brasil argumenta que não é possível analisar em tempo hábil o texto das novas regras tributárias, em razão da complexidade do tema. “A maioria da bancada do União Brasil entende que não há condições de se votar o referido projeto antes de profunda análise junto aos parlamentares e à sociedade brasileira”, explica o partido. “Portanto, a bancada defende que a aprovação do projeto ocorra no segundo semestre, propiciando o tempo necessário para melhor estudar e discutir esse tema relevante e complexo. Nosso compromisso é com o Brasil”, diz o comunicado.