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Por 58 votos a 18, Senado aprova indicação de Zanin para o STF

O plenário do Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (21/6), o nome de Cristiano Zanin para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O advogado foi indicado ao posto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Zanin teve 58 votos favoráveis e 18 contrários. Ele precisava ter apoio de ao menos 41 dos 81 senadores para assumir a vaga no STF. Agora, o presidente da República poderá nomear Zanin ao cargo.

A votação ocorreu após aprovação de Zanin na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ), em sabatina que durou cerca de 6 horas. Na CCJ, Zanin recebeu apoio de 21 dos 27 senadores titulares do colegiado.

Veja a sessão:

Como foi a sabatina na CCJ O advogado foi alvo de uma série de perguntas sobre sua proximidade com Lula, já que atuou na defesa do ex-presidente na Operação Lava Jato. Questionado sobre a relação com o agora presidente da República, Zanin disse que “não será subordinado” ao petista. O advogado também ressaltou que se considera “absolutamente na condição” de exercer a vaga no STF. Ele ocupará a vaga deixada pelo ministro Ricardo Lewandowski.

“Sinto-me absolutamente na condição de exercer esse cargo, atuar com imparcialidade. Uma das marcas da minha carreria foi a busca da imparcialidade”, pontuou.

Zanin também foi questionado pelo senador Sergio Moro (União-PR) se teria sido padrinho de casamento de Lula. O advogado negou. Admitiu que estabeleceu uma relação próxima com o presidente “ao longo do tempo”, mas disse que nunca foi convidado para ser padrinho de casamento do petista.

O futuro ministro do STF declarou que tratará Lula com “imparcialidade”, e destacou que “um ministro do STF só está condicionado à Constituição”.

O ex-advogado de Lula também afirmou que não irá se declarar impedido de julgar processos que envolvam a Lava Jato. “Em um passado recente, quase tudo o que funcionava em varas especializadas criminais, muitas vezes, recebia a etiqueta da Lava Jato. Isso não é, para mim, um critério para um controle jurídico, mas, sim, aquele que a lei prevê, que é analisar as partes e o conteúdo”, argumentou.

Entre os assuntos abordados na sabatina, estão: igualdade salarial, liberação de drogas, regulamentação da imprensa, casamento homoafetivo, legalização do aborto e Marco Temporal.

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Hugo Barreto/Metrópoles

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Hugo Barreto/Metrópoles

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Hugo Barreto/Metrópoles

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