Após a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, que teve o carro atingido por um Porsche no último domingo (31), Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, se apresentou ao 30º Distrito Policial do Tatuapé, zona leste, na segunda-feira (1°), quase 40 horas depois do acidente. No mesmo momento, o corpo de Viana estava sendo enterrado em Guarulhos, na Grande São Paulo. “Meu pai não merecia essa crueldade”, diz um dos filhos da vítima, Lucas Morais, 28 anos, também motorista por aplicativo. “Por que não fizeram o bafômetro? Por que liberaram [o motorista do Porsche]? Não entendo muito de lei, mas não podem liberar ninguém depois de um acidente daquele”, continua. Viana era pai de três filhos, evangélico e muito brincalhão, conforme os amigos.
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Andrade Filho foi indiciado por homicídio doloso, lesão corporal e fuga. Segundo testemunhas contaram à Polícia Civil, o Porsche veio em alta velocidade pela avenida, que tem limite de 50 km/h e, quando foi fazer a ultrapassagem, perdeu o controle do carro de luxo e bateu na traseira do automóvel de Viana. Apesar de ter sido socorrido e encaminhado ao hospital de Tatuapé, o motorista de transporte por aplicativo morreu devido a “traumatismos múltiplos”. A Polícia Civil ainda investiga o caso, inclusive o motivo de os policiais militares que atenderam à ocorrência terem liberado Andrade Filho.
*Com informações do Estadão Conteúdo