Com a reeleição consolidada, o presidente da Assembleia Legislativa, Adolfo Menezes (PSD), sinalizou a aliados que só vai começar a discutir a divisão de espaços na Mesa Diretora da Casa a cerca de dez dias para o início da nova legislatura, que começa na primeira semana de fevereiro. Apesar da pressão de lideranças de bancada, sobretudo da oposição, para que recuperasse o atraso nas negociações para compor as quatro vice-presidências e quatro secretarias da Assembleia. Desde a virada do ano, ele praticamente suspendeu suas atividades no Legislativo para se dedicar a projetos pessoais e políticos em Campo Formoso, reduto eleitoral do deputado.
Longe da Colina
Esperado ontem no CAB, Adolfo Menezes avisou horas antes aos auxiliares próximos que não apareceria e escapou da cerco para que defina o quanto antes quem ocupará os outros oito cargos no comando da Casa. Disposto a permanecer por mais tempo no interior, o presidente da Assembleia já descartou presença hoje na Lavagem do Bonfim.
Reação paralisante
A ansiedade maior da tropa oposicionista sobre a eleição da Mesa Diretora tem como pano de fundo a escolha do substituto do deputado estadual Sandro Régis (União Brasil) na liderança do bloco. No momento, há dois nomes no páreo pelo posto: Alan Sanches (União Brasil), apontado como favorito, e Samuel Júnior (Republicanos). Para evitar bate-chapa entre ambos, Samuel disse que desistiria da vaga em favor de Sanches, caso garantisse lugar na Mesa Diretora. Contudo, o acordo dependerá de articulações com o presidente da Assembleia, a quem cabe conduzir o cabo de guerra com a base governista.
Torre de Babel
Parlamentares dos dois polos de poder na Bahia apelidaram a ala do PL na Assembleia como “bancada vida louca”. Parte da pilhéria se deve à associação da sigla com os ataques de extremistas ligados ao bolsonarismo. O resto tem origem no comportamento dos quatro deputados eleitos do PL, todos novatos. Três deles – Vitor Azevedo, Leandro de Jesus e Diego Castro – ainda não sabem em que lado ficarão. O quarto, Raimundinho da JR, apesar de catapultado pelos bolsonaristas, anunciou o embarque na base petista antes de assumir o mandato.
Saldo vermelho
O cálculo sobre perdas e ganhos motivou a recusa do deputado estadual reeleito Tiago Correia (PSDB) em aceitar o convite do prefeito Bruno Reis (União Brasil) para comandar a Secretaria de Educação de Salvador. A aliados, o parlamentar tucano alegou que os resultados expressivos na área demoram a se transformar em lucro político. Em contrapartida, ponderou Correia, qualquer falha, pode até ser um décimo a menos no Ideb, vira uma grande vidraça.
Baile da polícia
Integrantes do núcleo-duro da Secretaria de Segurança Pública garantem que o novo xerife, Marcelo Werner, conseguirá colocar em futuro breve pessoas de sua confiança no lugar de Heloisa Brito e Paulo Coutinho, respectivamente, delegada-geral da Civil e comandante-geral da PM.
Um grande acontecimento para a luta antirracista. Tipificar como racismo o ato de injúria racial é importante para o propósito de impedir que minimizem qualquer forma de racismo Bebeto Galvão, ex-deputado federal pelo PSB da Bahia, sobre a sanção presidencial à lei que equipara as duas práticas, da qual foi um dos autores