A cidade de Vilhena, em Rondônia, conseguiu uma decisão judicial favorável para penhorar um Toyota Hilux e um Toyota Corolla Altis da primeira-dama de Mato Grosso, Virgínia Mendes, mas recursos impedem a perda dos bens desde 2021.
Virgínia entrou como ré de uma ação movida pela Procuradoria-Geral de Vilhena contra a empresa Mavi Engenharia e Construções Ltda. A Prefeitura acusa a companhia de não ter pagado cerca de R$ 500 mil em impostos, e Virgínia é uma das sócias da empreiteira.
A Procuradoria-Geral de Vilhena afirma que os valores corrigidos da dívida ultrapassam R$ 1 milhão. A Justiça de Rondônia determinou, em outubro de 2021, que os bens de Virgínia deveriam ser penhorados para quitar o valor. Na ocasião, além dos dois veículos, a primeira-dama tinha pouco mais de R$ 24 mil como saldo em contas bancárias. A Mavi não possuía dinheiro em conta.
Desde então, a defesa de Virgínia interpôs diversos recursos para impedir a perda dos bens. Em agosto, a Justiça de Rondônia suspendeu a execução da penhora até que a segunda instância julgue de forma definitiva um dos recursos apresentados pela primeira-dama.
A cidade de Vilhena chegou a pedir para a Polícia Civil abrir um inquérito para investigar Virgínia por desobedecer decisões judiciais. A Procuradoria-Geral alegava que a análise dos recursos não deveria impedir a primeira-dama de entregar os carros listados pela Justiça.
O último recurso de Virgínia diz que Vilhena não apresentou documentos que comprovam a existência da dívida e pede a anulação da execução fiscal. O relator do caso na segunda instância, desembargador Roosevelt Queiroz Costa, votou para rejeitar as alegações da primeira-dama.
A coluna tenta ouvir a primeira-dama sobre o caso. O espaço continuará aberto para manifestações.