Professores e professoras das universidades estaduais, que paralisaram as atividades acadêmicas nesta quarta-feira (12), realizaram um ato na Praça do Campo Grande, em Salvador, para exigir reajustes salariais e pressionar o Governo do Estado a abrir a mesa de negociações com a categoria. A partir das 9h30, os educadores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e Universidade Estadual De Santa Cruz (Uesc) se concentraram no centro da cidade e fizeram uma caminhada que teve fim na Praça da Piedade.
Entre docentes, representantes de associações e discentes, o coordenador da Associação de Docentes da Uneb (Aduneb), Clóvis Piáu, defendeu que, diante da atual conjuntura, a participação nas mobilizações é indispensável. “Somente a união e a intensificação dos protestos farão a pressão necessária para garantir a abertura das negociações. Não arredaremos os pés das ruas e das lutas”, avisou.
Presidente da Associação de Docentes da Uesb (Adusb), Alexandre Galvão considerou o movimento importante não apenas para a união, como também para o fortalecimento da luta pelas universidades públicas. “São perdas salariais de 53,33% e um arrocho salarial que já dura 8 anos. É necessário que a gente sensibilize o governador Jerônimo para as pautas das universidades estaduais”, afirma.
Durante o ato, os manifestantes entoraram falas e gritos de ordem, ajudados por movimentos sociais e outras entidades que apoiaram a mobilização. Alvo das reivindicações, a Secretaria de Educação do Estado da Bahia (Sec), disse, em nota, que, mantém permanentemente o diálogo com as representações das universidades estaduais por meio das secretarias de Relações Institucionais (Serin), da Educação (Sec) e da Administração (Saeb) e continua aberto ao processo de escuta e diálogo com a categoria.
Nesta quinta-feira (13), o Fórum das Associações Docentes da Uebas vão se reunir para discutir quais serão os próximos passos para a mobilização, até que o Governo Estadual abra a mesa de negociação.