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Sadio Mané ganha o troféu Santa Dulce

Esta coluna concede a Sadio Mané o troféu Santa Dulce dos Pobres para acrescentar ao laurel conquistado quando da festa Bola de Ouro, na qual destacaram-se Benzema, Lewandowski, Salah, Mbappé e Modric.

Valorizar ações solidárias pode melhorar o convívio entre as pessoas, como nunca é demais destacar, quando se trata do craque de Senegal, hoje no Bayern de Munique, na Alemanha.

A prática virtuosa como oportunidade seria o grande legado deste jogador da África preta, ligado a sua aldeia, mesmo tornando-se ídolo na Europa.

Coincidiu de Sadio Mané ganhar o Troféu Sócrates, o médico do calcanhar mágico, ambas as personalidades voltadas para princípios de compaixão e amor; alegria de jogar sem trapacear.

Seriam pessoas raríssimas, capazes de inspirar outras bem dispostas a entender a solidariedade como valor, acolhendo quem tem menos, ajudando a tantas quantas precisam, doando sentido para a existência.

Temos na Bahia o exemplo máximo de Santa Dulce dos Pobres, seguindo esta mesma tendência, provavelmente por benevolência de Deus.

O mal, assim, não existe, quando um jogador tira de seu ordenado cifras vultosas, a fim de prover os seus de alimento, roupa, moradia e até internet, em uma lição preciosa para quem sofre com as desigualdades.

Quando se verificam o racismo, a mentira, a falsa denunciação, a misoginia, a LGBTQIA+++fobia, a violência, o incentivo às armas e o culto à ignorância, aparecem Sadio, Sócrates e Dulce a nos iluminar.

O mundo, recomendavam os textos vedas da Índia, recuperados pelo pensador alemão Arthur Schopenhauer, é uma viagem de quatro estações: o nascimento, a doença, a velhice e a morte.

A compaixão seria nossa única chance de enfrentá-lo, pois todas e todos estamos no mesmo barco, desde a pequena rainha de um reino de pobres explorados ao mais anacrônico canibal feio, estúpido e mau.

As principais vitórias de Sócrates e Sadio Mané são estas ações de amparo, em contrapé ao Brasil contemporâneo, quando se calculam 33 milhões sem pão.

Estranha condição se este fosse um país de onde se tiram verbas das universidades, dos remédios populares e de programas sociais para agradar acumpliciados com um projeto de poder.

Este modelo é copiado por desumanas tiranias incompetentes, na base da sociedade, numa mescla de conselhos fiscais pegajosos, em formações de quadrilha imitando a referência a qual admiram.

Enquanto houver pessoas amorosas, como Sadio Mané, detentores dos troféus Sócrates e Santa Dulce, pode-se acreditar em uma virada no placar rumo ao título de campeão da Paz.

Multipliquem-se os sadios e teremos uma humanidade sem privilégios de etnia, classe ou gênero, constituindo-se um grupo só, capaz de derrotar os admiradores do nazismo.

Não há razão para um grupo humano melhor e outros piores; agraciados com acesso aos direitos e outros roubados por doentes mentais; somos 7 bilhões e meio de condenados a um purgatório: viver.

Para todas e todos quantas nasceram, virão enfermidades, e se não morrerem cedo, chegarão a velhice e a morte, ninguém, nem mesmo hitlers perseguidores de gatinhos, escapam do final infeliz.

A lição de Sadio é a vontade de fazer o Bem para livrar-se do Pecado e da Queda a fim de fazer o movimento de retorno ao Criador.

Paulo Leandro é jornalista e professor Doutor em Cultura e Sociedade.

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