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Santa Semana! Vendedores do Mercado do Peixe comemoram boas vendas após viradão

Quem deixou para garantir o peixe do almoço em cima da hora teve uma chance a mais nesta Sexta-Feira Santa. De forma inédita, o Mercado do Peixe, na Cidade Baixa, funcionou em horários especiais durante a semana, com direito a um “viradão” de 35 horas entre a madrugada de quinta-feira (6) e 14h de sexta (7).

Após a virada, os vendedores celebram o resultado. “O movimento foi excelente. Foi uma decisão acertada”, afirma William Macgyver, 55 anos, que trabalha no mercado desde 2007.

Maurício Martins, encarregado pelo Mercado do Peixe, afirma que o primeiro ano de virada foi um sucesso, e não descarta a possibilidade de que se repita em 2024.

“Possivelmente [vai acontecer], já que foi uma experiência válida, que teve benefícios em movimentação, no comércio… As pessoas ficaram satisfeitas, tanto o cliente como o permissionário. O permissionário teve a possibilidade de ampliar o horário de vendas e o cliente teve a possibilidade de fazer uma compra no horário que é mais tranquilo, porque tem gente que trabalha”, diz ele. 

Adriana dos Santos, 33, atua há 12 anos sozinha em seu box no Mercado do Peixe. Este ano, prevendo uma maior movimentação, preferiu contratar duas pessoas para lhe auxiliar durante a Semana Santa. Para ela, após trabalhar durante todos os dias de horários especiais do mercado, felicidade e cansaço coexistem. “[Quando chegar em casa] só vou querer dormir, viu. Só volto ao normal daqui a uma ou duas semanas”, conta.

Já Ryan de Assis, 21, vendedor do local há três anos, optou por não vender na virada de quinta (6) para sexta (7), apesar de ter participado dos horários especiais nos dias anteriores.

“Eu cheguei três horas da manhã e saí meia-noite, quase 24 horas trabalhando sem parar. Aí o corpo não aguenta”, admite.

Buscando os ingredientes no dia da ceia, consumidores se amontoaram no único box que ainda tinha produtos ao fim do horário especial do Mercado.

A longa fila seguia em direção ao stand de Josemil Conceição da Hora, 51, conhecido no local como Bal, que trabalha no Mercado do Peixe há mais de 25 anos. “Eu trabalho 24 horas. Não paro, não. Enquanto tiver cliente, eu estou trabalhando”, diz. Ainda assim, o plano para quando os clientes fossem embora já estava definido. “Quando chegar em casa, vou dormir. Vou namorar primeiro, depois eu vou dormir”.

Foto: Marina Silva/CORREIO

As estrelas da semana
Na mesa dos baianos, certos pratos são obrigatórios na Semana Santa. Muitos deles levam o peixe como ingrediente principal, e alguns se destacam como campeões de venda todos os anos.

Segundo Assis, os peixes mais procurados são corvina, arraia, pescada, badejo e robalo. Ele conta que esses são os mais famosos e que a escolha nem sempre depende do preço, e sim do que os pratos típicos pedem.

“O robalo é caro e a pescada é cara. A corvina é barata, mas já fica mais cara nessa época”, delimita.

No Mercado do Peixe, os peixes mais procurados aparentavam um padrão de preço entre os boxes. Durante a Semana Santa, em média, a corvina custou R$ 20, a pescada amarela R$ 43, o peixe vermelho R$ 52, o badejo R$ 45 e o robalo saiu por R$ 45. Já o camarão e a arraia, também muito procurados nesta época do ano, custaram em média R$ 40 e R$ 25, respectivamente.

Jonathan Brezas, 22, trabalha há três semanas num box com sua família. Segundo Brezas, os peixes que mais saem durante a Semana Santa são o badejo e a pescada amarela, além do camarão. Ele diz ter percebido um aumento de 10% a 12% nos produtos com a proximidade da Sexta-Feira Santa.

De acordo com Martins, encarregado pelo Mercado, é comum que haja alteração nos preços nesse período do ano. “Quem coloca os preços são os vendedores, mas é tradição no período da Semana Santa em si esse aumento de valor, até mesmo pela procura. É a lei do mercado, ou seja, quanto maior procura por determinado produto, a tendência é elevar o preço da mercadoria”, afirma.

Fernando Santana tem 59 anos e trabalha no Mercado do Peixe há 17. De acordo com ele, sempre acontecem promoções quando o feriado se aproxima e os feirantes ainda não venderam tudo. Segundo o vendedor, como o lucro é pequeno, vale a pena cobrar R$ 5 a menos quando sobra mercadoria.

*Com supervisão da editora Flavia Azevedo.

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