O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), será investigado pelo envio de defensores públicos catarinenses para atuarem na defesa de bolsonaristas presos após manifestação antidemocrática em Brasília, no último dia 8 de janeiro.
Mello publicou no dia 11 de janeiro no Diário Oficial a indicação de quatro defensores públicos para “acompanharem a situação dos (as) cidadãos (ãs) catarinenses detidos (as) em Brasília-DF”.
Jorginho Mello é um apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e declarou que os atos de vandalismos de bolsonaristas nos prédios dos três poderes em Brasília exigem cautela.
“Precisamos trabalhar pelo país, de olho nos valores que acreditamos e defendemos, mas jamais com uso da violência. É preciso lembrar os comportamentos que tanto criticamos e agir diferente. Manifestações são legítimas quando são pacíficas”, afirmou o governador na época.
Os advogados Gabriel Kazapi, Sergio Graziano Sobrinho, Eduardo Baldissera Salles e Prudente Silveira Mello protocolaram a ação contra o governador de Santa Catarina e defenderam que os defensores públicos do Estado não possuem competência para acompanhar a situação dos bolsonaristas em Brasília, segundo informações de O Globo.
O envio de defensores públicos é investigado pelo Ministério Público Federal de Santa Catarina após a apresentação de uma ação popular na 3ª Vara da Fazenda Pública da Comarca da Capital e pelo Tribunal de Contas do Estado.