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‘Se não fosse a CPMI, o 8 de Janeiro já estaria esquecido’, diz Arthur Maia

Comissão aprovou relatório da senadora Eliziane Gama, que pede indiciamento de Bolsonaro e mais 60 pessoas por quatro crimes; presidente do colegiado discorda de tese de que houve tentativa de golpe de Estado

Reprodução/TV Senado

Presidente do colegiado de líderes, o deputado federal Arthur Maia (União-BA), em coletiva de imprensa após a votação do relatório final da CPMI do 8 de Janeiro

O deputado federal Arthur Maia (União-BA), presidente da CPMI do 8 de Janeiro, declarou que se não fosse o colegiado, os atos de vandalismo na sede dos três poderes já estariam esquecidos. A fala do parlamentar foi feita logo após a aprovação do relatório final da comissão, feito pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que pediu o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de mais 60 pessoas por quatro crimes, entre eles: associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de estado. O parecer foi aprovado por 20 votos a 11, com uma abstenção. “É muito importante que a gente não esqueça o 8 de Janeiro, como aquilo que nós não queremos. Eu tenho certeza de que todos os membros que participaram dessa comissão querem o melhor para o nosso país e são radicalmente o que aconteceu no 8 de Janeiro desse ano”, afirmou Maia. O presidente do colegiado reforçou, ainda, que é preciso dar créditos ao parlamento pela CPMI: “Vimos (a votação) de uma maneira aberta, democrática e transparente”. Para Maia, no entanto, não houve tentativa de golpe de Estado. “Eu pessoalmente acho que não tivemos uma tentativa de golpe de Estado. Não acredito que possamos ter um golpe de Estado sem um força militar capaz de impor isso”, afirmou o parlamentar, que aproveitou o momento para parabenizar o Exército brasileiro por não ter se “deixado levar”.

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