A seca histórica que atinge o Amazonas deixa os moradores da região sem água e comida. O governo prepara um plano emergencial para evitar o desabastecimento. Com 38,7 graus, Manaus teve o dia mais quente do ano nesta quarta-feira, 27. O interior enfrenta o mesmo drama. Em Manacapuru, os termômetros também ficaram acima dos 38 graus. Na região, o calor recorde causa um desastre ambiental. Milhares de peixes estão morrendo com a redução do nível dos rios. Capitão de um barco que navega por Solimões, Paulo da Cruz teme de ficar sem ter o que comer. “Peixe não dá para comer. Temos que ir para outro local para pegar. Porque estes aqui estão contaminados”, comentou. A situação preocupa quem depende da pesca. Esse é o caso do Anésio Júnior. “A tendência é que quanto mais seca, mais morrem os peixes. A situação está precária. Estamos pedindo ajuda de todos”, disse o pescador. Além de não ter como trabalhar, outros, como a vendedora Caroline dos Santos, temem a falta de água para beber. “Como está poluída não tem como beber”. O coordenador da Defesa Civil do Amazonas, Lucas França, disse que equipes do governo do Estado percorrem as comunidades ribeirinhas para distribuir água e alimentos. “Estamos levando água e cesta básica”, frisou. Nesta quarta-feira, 27, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, revelou que o governo prepara uma resposta emergencial para atender as populações do Amazonas e do Acre. Segundo o governo do Amazonas, a seca já é considerada a pior da história.
*Com informações do repórter Paulo Edson Fiore.