Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 40% da população brasileira tem colesterol alto. A doença, que é causada pelo acúmulo de gordura no sangue decorrente principalmente da alimentação desregrada, pode levar a outras condições de saúde potencialmente fatais, como infarto, acidente vascular cerebral (AVC), aneurisma de aorta abdominal e doença arterial periférica.
A gordura acaba se acumulando nas artérias e prejudicando o fluxo sanguíneo. Porém, um dos principais problemas do colesterol alto é que, apesar de muito perigoso, o quadro não costuma apresentar sinais nos primeiros estágios.
Mas, conforme a condição progride, os sintomas sutis vão aparecendo — e alguns deles podem aparecer nos pés do paciente.
“Em casos de doença arterial periférica, por exemplo, o indivíduo pode apresentar dor, fadiga e cansaço nos pés, devido à má circulação sanguínea provocada pelo excesso de gordura no sangue. Os pés e pernas podem apresentar claudicação intermitente, que é a dor durante a caminhada suficiente para fazer a pessoa parar por causa da fadiga”, alerta a cardiologista Érica Renata, da Clínica Cardiosenior, em Brasília.
De acordo com o cardiologista Paulo César Maciel, do Hospital do Coração do Brasil, também em Brasília, os pés podem ainda sofrer alterações na coloração da pele, como palidez, e unhas quebradiças. “É possível que ocorra perda de pelos nos membros, crescimento mais lento das unhas, diminuição do pulso nas pernas e nos pés, além do desenvolvimento de feridas e úlceras nos pés que têm dificuldade em cicatrizar”, destaca.
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O colesterol é um composto gorduroso essencial para produção da estrutura das membranas celulares e de alguns hormônios Sebastian Kaulitzki/Science Photo Library/Getty Images
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No entanto, o que entendemos normalmente como colesterol é, na verdade, um somatório de diferentes tipos: os famosos HDL e LDL Getty Images
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O LDL, conhecido como colesterol “ruim”, quando está em níveis altos, pode formar uma placa nas paredes das artérias, dificultando ou impedindo a passagem do sangue istock
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Quanto mais elevadas as taxas de LDL, maior o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC) VSRao/https://pixabay.com
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Apesar de silencioso, alguns sinais podem dar indícios do problema Unsplash
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São eles: xantelasmas e xantomas (pequenas bolinhas de gordura que aparecem na pele), dores na barriga, nos dedos dos pés e das mãos Getty Images
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Para controlar o colesterol ruim é importante realizar, por exemplo, exercícios durante 30 minutos por dia, três vezes por semana iStock
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Aumentar a ingestão de fibras solúveis, como farinha e farelos de aveia, que absorvem o excesso de colesterol no intestino e o eliminam do corpo Tatyana Berkovich/istock
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Aumentar a ingestão de gorduras saudáveis, que estão presentes no azeite extravirgem e nos alimentos ricos em ômega 3 iStock
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E aumentar a ingestão de bebidas como chá-preto e suco de berinjela, que também ajudam no controle do colesterol Tatyana Berkovich/istock
Diagnóstico e controle do colesterol alto Caso o paciente sinta dor de cabeça que não passa, fadiga, dor nas pernas ou no peito, a recomendação é procurar um cardiologista para avaliação. O diagnóstico do quadro de colesterol alto é feito principalmente pelo exame de sangue. Diante dos sinais de alerta, a cardiologista Érica pede que as pessoas não se automediquem e procurem um médico.
Já que o problema é a dificuldade vascular, o controle da doença passa por aumentar o fluxo sanguíneo por meio de medicamentos e/ou exercícios físicos regulares. O paciente deve parar de fumar e, em alguns casos, evitar o calor, que causa o estreitamento dos vasos sanguíneos.
Para evitar a alta nos níveis de colesterol no sangue, o cardiologista Maciel recomenda que seja feita a eliminação completa da gordura trans da dieta. “Ela está presente em pipocas de micro-ondas, margarinas, massas instantâneas, bolos prontos, salgadinhos de pacote, chocolates, sorvetes e biscoitos”, aponta.
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